Brasil

Obstetriz de 27 anos é morta com 16 facadas e namorado é suspeito

A Polícia Civil trata o caso como de feminicídio e está à procura do suspeito. Médica tinha uma história de luta pela humanização do parto

Polícia Civil de São Paulo:   Vitória Gabrielly sumiu no último dia 8, quando deixou sua casa para andar de patins  (Polícia Civil/Divulgação)

Polícia Civil de São Paulo: Vitória Gabrielly sumiu no último dia 8, quando deixou sua casa para andar de patins (Polícia Civil/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de maio de 2018 às 17h30.

Sorocaba - A obstetriz Nelly Cristina Venite de Souza Maria, de 27 anos, foi assassinada com 16 facadas, neste sábado, 19, na quitinete em que morava, em Conchal, interior de São Paulo. O suspeito do crime é o namorado da jovem, que morava em frente e está foragido.

Ele foi visto fugindo do local do crime, no bairro Porto Seguro, usando o carro da vítima. A Polícia Civil trata o caso como de feminicídio e está à procura do suspeito, que não teve o nome divulgado.

Conforme o relato de uma vizinha, ela ouviu gritos de socorro vindo do apartamento de Nelly e entrou em contato com a Polícia Militar. Antes da chegada dos policiais, os gritos cessaram e o suspeito deixou o apartamento e pegou o automóvel dela para fugir do local.

Segundo as testemunhas, havia um outro rapaz no carro. Os policiais encontraram Nelly já morta, com ferimentos na cabeça, tórax e braços. Ela também tinha sinais de estrangulamento. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Limeira.

Alunos do Curso de Obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP), onde Nelly se formou, usaram as redes sociais para manifestar pesar pela morte e repudiar o crime. Conforme a postagem, Nelly tinha uma história de luta pela humanização do parto.

"A dor que sentimos hoje pelo crime de feminicídio que interrompeu sua vida também é a dor pela perda de uma companheira, ativista que fortaleceu o ideal de uma profissão que luta pelo fim da desigualdade de gênero e da violência contra mulheres", diz a carta, assinada pelo Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da USP e pela Casa Angela - Centro de Parto Humanizado.

Nelly trabalhava no Hospital e Maternidade Madre Vannini, em Conchal. A obstetriz é uma profissional graduada para acompanhar gestações, partos e pós-parto de risco habitual ou baixo risco. A profissional é inscrita no Conselho de Enfermagem e, atualmente, o curso da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, em São Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AssassinatosMulheresPolícia Civilsao-paulo

Mais de Brasil

Convenção para oficializar chapa Boulos-Marta em SP terá Lula e 7 ministros do governo

Convenção do PRTB e disputas judiciais podem barrar Pablo Marçal na disputa em SP; entenda

TSE divulga perfil do eleitor que vai às urnas em outubro; veja qual é

Brasil terá mais de 155 milhões de eleitores nas eleições municipais de 2024

Mais na Exame