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Objetos destruídos por bolsonaristas viram oferta em sites de venda

Porta do armário do ministro Alexandre de Moraes e cadeira da Suprema Corte foram anunciados em plataformas que vendem produtos usados

Estrago patrimonial no prédio do Congresso Nacional, invadido na tarde deste domingo (8), por manifestantes bolsonaristas. É possível identificar objetos quebrados, cadeiras jogadas e vidros estilhaçados, além de extintores e mangueiras contra incêndio espalhadas pelo local. No Salão Nobre, a galeria de retratos oficiais de ex-presidentes do Senado Federal também foi depredada. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 12h50.

Última atualização em 10 de janeiro de 2023 às 18h15.

Vendedores têm usado plataformas de comércio eletrônico para anunciar objetos que foram depredados no Supremo Tribunal Federal ( STF ) durante a invasão bolsonarista em 8 de janeiro. Sites exibiram anúncios da porta do armário onde ficava a toga do ministro Alexandre de Moraes e também uma poltrona usada pelos magistrados no plenário da Suprema Corte, acompanhada do brasão da República.

O assento foi anunciado pelo valor de R$ 1 mil, na OLX. A descrição diz que se trata de uma "cadeira gamer + quadro". E a foto mostra a imagem da poltrona do lado de fora do STF, para onde foi levada por extremistas que invadiram o prédio do Judiciário.

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Um outro anúncio na OLX mostra a "porta conservada mesmo modelo do Alexandre de Moraes ". O objeto é vendido por R$ 250. "Vendo uma porta bem conservada", diz o vendedor. "Passo cartão", acrescenta.

Uma porta chegou a ser anunciada no Mercado Livre como se fosse a original. A peça custava R$ 20 mil, aceitava pagamento parcelado, mas não apresentava garantia ao comprador.

O Mercado Livre retirou o anúncio do ar. Procurada pelo GLOBO, a empresa informou que "independentemente da consistência e veracidade, todos os anúncios em questão estão sendo excluídos e seus respectivos vendedores banidos da plataforma".

A empresa acrescentou que proíbe a venda de produtos originados de atos de violência, que incitam ódio contra as instituições democráticas, e em desacordo com a legislação.

Em nota, a OLX informou que os "anúncios foram retirados assim que identificados e os usuários banidos da plataforma".

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