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O que a nova fase da Operação Lava Jato vai investigar

Nova fase da Lava Jato deflagrada hoje tem como principal objetivo levantar provas sobre supostos esquemas de corrupção na diretoria de Serviços da Petrobras.

Agente da Polícia Federal durante a Operação Kamikaze, em Porto Alegre (Divulgação/Polícia Federal)

Agente da Polícia Federal durante a Operação Kamikaze, em Porto Alegre (Divulgação/Polícia Federal)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 10h01.

São Paulo – A nova fase da Operação Lava Jato deflagrada hoje tem como objetivo levantar provas sobre supostos esquemas de corrupção na diretoria de Serviços da Petrobras.

Renato Duque, ex-diretor da área, é um dos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na estatal. A ação deflagrada hoje foi batizada de My Way, em referência à forma como Duque é chamado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que colabora com as investigações.

Outro suposto esquema investigado nessa nova fase envolve uma grande empresa de Santa Catarina, que tem contratos com a BR Distribuidora. A empresa catarinense é fabricante de tanques de combustíveis e não era de fechada.

As informações foram confirmadas por dois delegados e um procurador do Ministério Público Federal que concederam entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira para esclarecer a nova fase da operação.

A ação de hoje pretende cumprir 62 madados judiciais, sendo quatro mandados de prisão. Até agora duas pessoas foram presas em Santa Catarina. A terceira pessoa estaria do exterior, com previsão de voltar até amanhã. O quarto mandado de prisão, a ser cumprido no Rio de Janeiro, ainda não foi concluído.

Dentre os alvos também está o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que foi levado à sede da Polícia Federal em São Paulo para prestar esclarecimentos. Os investigadores afirmaram que o objetivo inicial é questioná-lo sobre relatos feitos por delatores à Operação Lava Jato. 

Segundo a Polícia Federal, no total são 26 empresas citada nesta fase da operação. A maioria são empresas de fachada, usadas para justificar a saída de dinheiro destinado ao pagamento de propina.

Os investigadores dizem ainda que a nova fase apura a atuação de 11 novos operadores de esquemas de pagamento de propina. Eles teriam funções semelhantes à do doleiro Alberto Youssef, que tinha a atribuição de lavar o dinheiro usado no esquema.

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