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"O PT tenta se corrigir a cada eleição", diz Lula

O ex-presidente declarou que o PT errou ao aceitar "o jogo de fazer campanha nos moldes dos outros partidos"

Lula: "O PT tenta se corrigir a cada eleição. Nós pagamos um preço por isso" (Paulo Pinto/Agência PT/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de julho de 2017 às 16h32.

São Paulo - O PT errou porque tinha nascido para mudar o jeito de se fazer política no País, afirmou nesta quinta-feira, 20, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .

"O PT errou ao aceitar o jogo de fazer campanha nos moldes como os outros partidos faziam campanha", admitiu, acrescentando que a sociedade tem razão em cobrar o partido.

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"O PT tenta se corrigir a cada eleição. Nós pagamos um preço por isso", afirmou. Lula participou do programa "Na Sala do Zé", do jornalista José Trajano, ao vivo pela internet.

O ex-presidente disse que a principal razão de a reforma política não ir para a frente são as legendas, que conseguem, de acordo com ele, se eleger dentro do atual sistema, ao responder à pergunta de por quê não aprovou a mudança quando foi presidente.

Lula disse que, por isso, as siglas não têm interesse em mudar o sistema.

"Vai terminar o prazo para que uma reforma aprovada em 2017 tenha efeito em 2018 daqui a dois meses e não vai fazer porque ninguém quer mudar nada."

O ex-presidente declarou ainda que gostaria de ver caras novas na eleição de 2018, mas que "não se cria liderança da noite para o dia".

"Se o Fernando Haddad ex-prefeito de São Paulo, do PT tivesse sido eleito ano passado, seria um grande candidato", acredita.

Lula citou também os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), da Bahia, Rui Costa (PT), e do Ceará, Camilo Santana (PT).

Sobre a sucessora, o ex-presidente afirmou achar que a ex-presidente Dilma Rousseff tinha dificuldade na relação política, o que, segundo ele, foi aproveitado "pelos demais".

Apesar desse fator, Lula admitiu que não cogitou-se a possibilidade de ser candidato a presidente em 2014 por entender que a reeleição era um direito de Dilma.

"Existia um movimento do PT de 'volta, Lula'. Como Dilma nunca me procurou para discutir reeleição, intui que ela queria ser candidata", explicou.

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