Brasil

"O clima é tenso e agressivo em Washington", diz Barroso, do TSE, nos EUA

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso está nos EUA como observador das eleições americanas e visita locais de votação

Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo e atual presidente doTribunal Superior Eleitoral: "eleições nos EUA estão tão polarizadas como foram as do Brasil em 2018" (Foto/Wikimedia Commons)

Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo e atual presidente doTribunal Superior Eleitoral: "eleições nos EUA estão tão polarizadas como foram as do Brasil em 2018" (Foto/Wikimedia Commons)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 15h11.

Última atualização em 3 de novembro de 2020 às 17h07.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, está nos Estados Unidos como observador convidado para acompanhar as eleições americanas. “O clima é tenso e agressivo em Washington. Lojas e instituições colocando tapumes por temer violência e saques”, disse Barroso à EXAME, sobre o que viu na capital americana.

Quer saber como as eleições americanas podem afetar o seu bolso?  Assine gratuitamente a EXAME Research

Barroso visita hoje locais de votação no condado de Anne Arundel, em Annapolis, capital do estado de Maryland. Ele deve conversar com autoridades eleitorais locais e mesários sobre o dia de votação.

“Já havia acompanhado outras eleições, como cidadão, em períodos em que morei nos Estados Unidos, estudando ou trabalhando. Agora, vim como observador convidado, por ser presidente do TSE”, disse Barroso, que é ministro do Supremo Tribunal Federal e desde maio preside o órgão da Justiça eleitoral.

Na tarde de segunda-feira, 2 de novembro, o presidente do TSE se reuniu com membros da comissão da Organização dos Estados Americanos, que serão observadores das eleições brasileiras, em 15 de novembro.

Barroso também participou de um debate online organizado pelo Brazil Institute, do think tank Wilson Center, com o ex-embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, no qual ele comparou as eleições nos Estados Unidos e no Brasil.

“As eleições nos Estados Unidos estão tão polarizadas como no Brasil em 2018”, disse Barroso. “Estarei prestando atenção em dois vírus que temos em comum: a pandemia de covid-19 e a transmissão de notícias falsas e desinformação pelas redes sociais", disse o presidente do TSE.

Barroso falou também das medidas de proteção e segurança que serão no dia das eleições municipais no Brasil. “Recebemos doações de 30 empresas para prover a infraestrutura de segurança nos locais de votação para quem estará trabalhando no dia e para quem irá votar”, disse Barroso. Foram doadas 9 milhões máscaras, 2 protetores faciais (face shield) e 1 milhão de litros de álcool em gel para os eleitores.

Big Techs

O presidente do TSE também falou no evento do Wilson Center que o orgão tem mantido contato com as grandes empresas de tecnologia e tem notado a disposição de empresas  como Facebook, Twitter e TikTok em atuar para prevenir os os chamados "comportamentos inautêntico coordenados."

"Ao invés de controlar o conteúdo das redes, as empresas têm atuado para evitar que o uso de perfis falsos, robôs e disparo em massa de mensagens não solicitadadas interfiram no processo eleitoral.", disse Barroso.


Acompanhe o podcast EXAME Política, com análises sobre os principais temas da eleição americana. No ar todas as sextas-feiras.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEstados Unidos (EUA)FacebookFake newsPandemiaSupremo Tribunal Federal (STF)TikTokTSETwitter

Mais de Brasil

Rodovia de acidente que deixou 22 mortos em Minas Gerais é a mais fatal no país

Verão começa hoje e previsão é de menos chuvas na maior parte do país

Mais de 300 mil imóveis seguem sem luz em São Paulo 12 horas após temporal

Cavaliere, vice eleito do Rio: segurança pública exige coordenação entre União, estado e município