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Novo prefeito de São Paulo quer enxugar secretarias

Fernando Haddad pretende tornar sua gestão um "laboratório de políticas públicas"


	Novo prefeito faz mistério sobre as mudanças em estudo para que o secretariado tenha uma "visão integrada" da cidade
 (Reuters/Nacho Doce)

Novo prefeito faz mistério sobre as mudanças em estudo para que o secretariado tenha uma "visão integrada" da cidade (Reuters/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 09h23.

São Paulo - O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, planeja fazer uma reforma administrativa para enxugar estruturas e tornar a gestão um "laboratório de políticas públicas". A ideia preocupa aliados, que já disputavam cargos na equipe antes da vitória e agora temem a fusão de secretarias.

Haddad diz que fará um governo de coalizão com os partidos que apoiaram sua campanha, mas, nos bastidores, integrantes do PT desconfiam que a prioridade será para nomes da academia e técnicos de confiança. Ele faz mistério sobre as mudanças em estudo para que o secretariado tenha uma "visão integrada" da cidade.

O orçamento da Prefeitura para 2013 é de R$ 42 bilhões. Até agora, o mais cotado para assumir a Secretaria de Finanças é Nelson Machado, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda no governo Lula. Machado foi um dos coordenadores da comissão de desenvolvimento econômico e social da plataforma de Haddad. Para a Secretaria de Negócios Jurídicos, o prefeito eleito está entre Luís Fernando Massonetto e Pedro Dallari (PSB).

O principal embate entre PT e aliados está na área social. Além de almejar uma cadeira na Educação, o partido reivindica assentos em secretarias como Saúde, Transportes e Habitação. Os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto, líder do PT na Câmara, disputam a Secretaria de Transportes e querem fazer indicações.

Contrariados com o assédio, Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desautorizaram a busca por cargos. O prefeito eleito não parece disposto a ceder Transportes para apadrinhados de Jilmar nem de Zarattini. Ele ouviu sugestões para convidar Ana Odila de Paiva Souza, principal formuladora de sua plataforma na área, mas ainda não decidiu.


O PMDB apresentou o ex-secretário das gestões Paulo Maluf e Celso Pitta, Getúlio Hanashiro, que coordenou os projetos de ônibus de Gabriel Chalita. O partido também indicou Marianne Pinotti, vice de Chalita e ex-secretária de Saúde de Ferraz de Vasconcellos, para a Saúde. Mas sabe que ambos devem ter apenas cargos de segundo escalão.

O PT também reivindica a vaga na Saúde. Haddad gosta do vereador Carlos Neder (PT), que coordenou o seu programa nessa área e é amigo de Ana Estela, a futura primeira-dama. Neder foi secretário de Saúde no governo Erundina, mas enfrenta oposição de alas do PT. Corre por fora Milton Arruda, que trabalhou com o ministro Alexandre Padilha (Saúde) e é titular da Faculdade de Medicina da USP.

O PC do B da vice Nádia Campeão cobiça Esportes, pasta hoje controlada pelo PMDB, e quer se manter à frente da Secretaria de Articulação da Copa. Os peemedebistas devem apresentar Jarbas Zuri para tentar manter Esportes. E desejam de volta Participação e Parceria, hoje com o PSB.

Para a Secretaria de Cultura há três nomes citados: Ricardo Musse, Vladimir Safatle e Gustavo Vidigal. O vereador eleito Nabil Bonduk (PT) é citado para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, mas Haddad pode deixá-lo na Câmara Municipal, para articular a aprovação do novo Plano Diretor. O arquiteto Álvaro Puntoni também aparece na lista dos cotados para a vaga. Coordenador da campanha, o vereador Antonio Donato (PT) pode ser deslocado para a Secretaria de Governo ou de Relações Governamentais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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