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Novo partido de Marina exige ficha limpa de candidatos

Partido aceitará, por exemplo, quem tiver sido condenado por crimes como invasão de terra, que a cúpula da Rede classifica como "crime político"

Marina afirmou que a sigla não será "nem oposição, nem situação" ao governo de Dilma Rousseff, mas admitiu fazer "alianças pontuais" em torno de ideias (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2013 às 09h50.

São Paulo - De olho nas eleições presidenciais de 2014, a ex-ministra Marina Silva começou no sábado a coletar assinaturas para criação de um novo partido político. Debaixo de gritos de "Brasil urgente, Marina presidente", ela foi lançada ao Palácio do Planalto por cerca de mil militantes da futura legenda, com nome oficial de Rede Sustentabilidade.

Ao defender princípios éticos, Marina afirmou que a sigla não será "nem oposição, nem situação" ao governo de Dilma Rousseff, mas admitiu fazer "alianças pontuais" em torno de ideias.

Apesar de exigir "ficha limpa" para seus dirigentes partidários e candidatos, os filiados não precisarão seguir a mesma regra. O partido aceitará, por exemplo, quem tiver sido condenado por crimes como invasão de terra, que a cúpula da Rede classifica como "crime político".

"Para filiar não precisa de ficha limpa porque existem militantes que defendem a causa do movimento e que, por alguma perseguição política, respondem a processos judiciais", afirmou o deputado Walter Feldman (SP), que deixará o PSDB para ingressar no novo partido. Ele ressalvou, no entanto, que "não serão aceitos aqueles que respondem a crimes do colarinho branco como corrupção."

A ex-senadora Heloísa Helena, por sua vez, avisou que "quem rouba não entra aqui". Em seguida, o ex-deputado do PT Marcos Rolim acrescentou que "alguns políticos" não entrarão no partido "nem se quiserem" e coube ao militante Martiniano Cavalcante nominá-los: "Paulo Maluf, Jader Barbalho e Renan Calheiros.. Outro militante emendou: "Nem José Sarney."

Ambiente

Com um discurso recheado de menções ao meio ambiente, Marina Silva afirmou que o novo partido não fará oposição ao governo Dilma. "Nós não seremos nem oposição nem situação à Dilma (Rousseff). Se a presidente estiver fazendo algo bom para o Brasil, nossa posição é favorável. Se ela for contra o Código Florestal, nossa posição é contrária", afirmou Marina, em um de seus discursos. "É um partido para questionar a si próprio. Não pode ser um partido para eleição", completou. "(O partido) não precisa ter postura de manada."


Marina disse também que o novo partido não é "nem de esquerda, nem de direita, nem situação, nem oposição. Estamos à frente."

Dizendo que são "diferentes", a ex-senadora e ex-ministra do governo Lula, Marina defendeu alianças partidárias. "Podemos fazer alianças pontuais. Não precisamos eliminar sonhos. Mas é preciso que fique claro que somos diferentes." Lembrou ainda que a nova legenda não tem "uma liderança única e, sim, multicêntricas".

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também presidenciável para 2014, a deputada Luíza Erundina (PSB-SP) e o frei Leonardo Boff limitaram-se a mandar mensagens escritas desejando sucesso ao novo partido. O cantor Gilberto Gil gravou um vídeo exibido na festa. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), esperado durante todo o dia, chegou somente no início da noite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - De olho nas eleições presidenciais de 2014, a ex-ministra Marina Silva começou no sábado a coletar assinaturas para criação de um novo partido político. Debaixo de gritos de "Brasil urgente, Marina presidente", ela foi lançada ao Palácio do Planalto por cerca de mil militantes da futura legenda, com nome oficial de Rede Sustentabilidade.

Ao defender princípios éticos, Marina afirmou que a sigla não será "nem oposição, nem situação" ao governo de Dilma Rousseff, mas admitiu fazer "alianças pontuais" em torno de ideias.

Apesar de exigir "ficha limpa" para seus dirigentes partidários e candidatos, os filiados não precisarão seguir a mesma regra. O partido aceitará, por exemplo, quem tiver sido condenado por crimes como invasão de terra, que a cúpula da Rede classifica como "crime político".

"Para filiar não precisa de ficha limpa porque existem militantes que defendem a causa do movimento e que, por alguma perseguição política, respondem a processos judiciais", afirmou o deputado Walter Feldman (SP), que deixará o PSDB para ingressar no novo partido. Ele ressalvou, no entanto, que "não serão aceitos aqueles que respondem a crimes do colarinho branco como corrupção."

A ex-senadora Heloísa Helena, por sua vez, avisou que "quem rouba não entra aqui". Em seguida, o ex-deputado do PT Marcos Rolim acrescentou que "alguns políticos" não entrarão no partido "nem se quiserem" e coube ao militante Martiniano Cavalcante nominá-los: "Paulo Maluf, Jader Barbalho e Renan Calheiros.. Outro militante emendou: "Nem José Sarney."

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Com um discurso recheado de menções ao meio ambiente, Marina Silva afirmou que o novo partido não fará oposição ao governo Dilma. "Nós não seremos nem oposição nem situação à Dilma (Rousseff). Se a presidente estiver fazendo algo bom para o Brasil, nossa posição é favorável. Se ela for contra o Código Florestal, nossa posição é contrária", afirmou Marina, em um de seus discursos. "É um partido para questionar a si próprio. Não pode ser um partido para eleição", completou. "(O partido) não precisa ter postura de manada."


Marina disse também que o novo partido não é "nem de esquerda, nem de direita, nem situação, nem oposição. Estamos à frente."

Dizendo que são "diferentes", a ex-senadora e ex-ministra do governo Lula, Marina defendeu alianças partidárias. "Podemos fazer alianças pontuais. Não precisamos eliminar sonhos. Mas é preciso que fique claro que somos diferentes." Lembrou ainda que a nova legenda não tem "uma liderança única e, sim, multicêntricas".

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também presidenciável para 2014, a deputada Luíza Erundina (PSB-SP) e o frei Leonardo Boff limitaram-se a mandar mensagens escritas desejando sucesso ao novo partido. O cantor Gilberto Gil gravou um vídeo exibido na festa. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), esperado durante todo o dia, chegou somente no início da noite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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