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Novo partido de Bolsonaro reduz burocracia para acelerar assinaturas

Se TSE não conferir todas as assinaturas coletadas e der o aval à legenda até abril, Aliança pelo Brasil não poderá participar das eleições deste ano

Apoiador de Bolsonaro com pôster no lançamento da Aliança pelo Brasil: estimativa é que 200 mil pessoas tenham preenchido a ficha de apoio (Ueslei Marcelino/Reuters)

Apoiador de Bolsonaro com pôster no lançamento da Aliança pelo Brasil: estimativa é que 200 mil pessoas tenham preenchido a ficha de apoio (Ueslei Marcelino/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 08h28.

Brasília — Na corrida para coletar 492 mil assinaturas, o Aliança pelo Brasil vai autorizar seus apoiadores a recolher fichas sem autenticação em cartórios. Vice-presidente do novo partido, Luís Felipe Belmonte diz que a medida vai reduzir a burocracia na formação da sigla que o presidente Jair Bolsonaro quer criar.

Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não conferir todas as assinaturas coletadas e der o aval à legenda até abril, o Aliança não poderá participar das eleições municipais deste ano.

A exigência de recolher assinaturas com autenticação em cartórios havia partido da própria cúpula da legenda, na tentativa de agilizar a conferência do TSE. Agora, segundo Belmonte, os apoiadores poderão receber fichas autenticadas ou não e registrá-las também no sistema eleitoral.

Belmonte afirmou ter escalado uma equipe de dez pessoas em Brasília para começar a incluir as assinaturas no sistema eleitoral do tribunal.

Assim, segundo ele, os técnicos do TSE estarão aptos a começar a fazer a conferência desses apoiamentos. Segundo o vice-presidente, antes de o nome ser inserido no sistema, essa equipe fará um filtro para conferir se o apoiador cadastrado não está filiado a nenhum outro partido.

A estimativa do Aliança é que 200 mil pessoas tenham preenchido a ficha de apoiamento pelo site desde o início da coleta, no dia 20 de dezembro. O partido programou um cronograma de eventos para atrair mais apoios. No último dia 18, Bolsonaro participou de um deles em Brasília. Para os próximos, a previsão é que o presidente grave um vídeo ou faça uma transmissão ao vivo para animar a militância.

Depois de eventos em Porto Velho e Teresina, o Aliança fecha o mês de janeiro em São Luís, no dia 31. A primeira agenda de fevereiro, no dia 1º, será em três capitais: Recife, Curitiba e Campo Grande. No dia seguinte, é a vez de Cuiabá, Florianópolis e Aracaju. Ainda há eventos programados para Belém, São Paulo, Boa Vista, Vitória, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio e Palmas.

Para criar um partido, é preciso coletar 492 mil assinaturas, distribuídas proporcionalmente conforme o eleitorado de cada estado. Como muitas assinaturas costumam ser consideradas inválidas na verificação, o Aliança precisa entregar um número ainda maior do que esse. O prazo estipulado pelo movimento é o início de março, para que o Tribunal Superior Eleitoral possa registrar o partido até abril.

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