Distrito Federal confirma dois casos da nova variante ômicron
Ao todo, já são cinco casos. São Paulo registra outros três infectados
Agência O Globo
Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 16h42.
Última atualização em 2 de dezembro de 2021 às 17h08.
O Distrito Federal anunciou que registrou nesta quinta-feira dois casos de covid-19 causados pela
variante ômicron . A informação foi confirmada ao O Globo pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), que afirmou que um paciente está assintomático e outro apresenta sintomas leves.
Mesmo com a chegada da nova cepa, o governador ainda não pretende adotar o passaporte de vacina. "Por enquanto, não muda nada", disse Ibaneis, quando perguntado se haveria medidas adicionais contra a ômicron.
Detalhes serão divulgados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) nesta quinta. Até a última quarta, o DF investigava apenas um caso suspeito.
Além desses dois diagnósticos, há outros três já confirmados em São Paulo. O terceiro caso foi detectado nesta quarta e corresponde a um jovem de 29 anos que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no último sábado, vindo da Etiópia. O morador de Guarulhos, que recebeu duas doses de Pfizer, não apresentava sintomas e segue assintomático.
Já os dois primeiros casos da variante ômicron no Brasil foram confirmados na terça, de um homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Sul. Eles desembarcaram no Brasil em 23 de novembro e fizeram teste antes de embarcar novamente dois dias depois. Todas as amostras foram sequenciadas pelo Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo estadual. As duas primeiras também haviam passado por sequenciamento no Hospital Albert Einstein.
Também há um caso suspeito no Rio de Janeiro e outro em Belo Horizonte.
Ômicron
A nova variante foi descoberta na semana passada na África do Sul e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação (VOC). Até esta quarta-feira, havia sido identificada no Brasil e em outros 28 países.
Ainda faltam pesquisas para determinar sua transmissibilidade, letalidade e resistência às vacinas. Mas o que se sabe até agora é que os sintomas da ômicron são diferentes dos da delta, a responsável pela maioria dos casos recentes de covid-19 no mundo.
Até agora, os pacientes infectados pela ômicron apresentaram apenas sintomas leves. No entanto, a nova variante preocupa a OMS e os países por causa das 50 mutações que a nova cepa apresenta, sendo 32 apenas na proteína S, principal alvo das vacinas desenvolvidas até o momento. Acredita-se também que ela pode ser mais transmissível que a delta, já que aumentou o número de casos de covid-19 da África do Sul.