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Lula diz que não será candidato e pede fim da boataria

Ex-presidente reiterou que não será candidato na eleição presidencial de 2014


	Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "não sou candidato. Gostaria que vocês contribuíssem para acabar com essa boataria. A Dilma é a minha candidata", afirmou
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "não sou candidato. Gostaria que vocês contribuíssem para acabar com essa boataria. A Dilma é a minha candidata", afirmou (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 16h18.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta terça-feira que não será candidato na eleição presidencial de 2014, em entrevista a blogueiros realizada no Instituto Lula, em São Paulo.

"Não sou candidato. Gostaria que vocês contribuíssem para acabar com essa boataria. A Dilma é a minha candidata", afirmou Lula ainda antes de serem feitas as primeiras perguntas, na coletiva transmitida ao vivo pela Internet.

Em meio à queda na aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff e perda de terreno na disputa eleitoral, segundo as últimas pesquisas, o nome de Lula voltou a ser cotado.

Quando aparece em cenários nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente continua demonstrando musculatura para ser eleito no primeiro turno se fosse candidato, o que tem reforçado os rumores do "volta Lula".

Os números da pesquisa mais recente, feita na semana passada e divulgada pelo instituto Datafolha no sábado, mostraram que se Lula fosse o candidato petista, 52 por cento dos entrevistados votariam nele. Com Dilma candidata, o percentual ficou em 38 por cento, ante 44 por cento de pesquisa feita em fevereiro.

No cenário com Lula, o pré-candidato do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), manteria os 16 por cento, e o presidente do PSB e ex-governador pernambucano, Eduardo Campos, ficaria com 11 por cento.

O ex-presidente também se adiantou em assegurar que não tem divergências com a presidente Dilma. "Tem que ter cuidado para não dar palpite para quem está governando", afirmou.

"Eu disse um dia que se houvesse divergência entre a Dilma e mim, ela estaria certa, e acabaria a divergência", acrescentou.


CPI da Petrobras

Na entrevista, Lula afirmou ainda que o PT deve "ir para cima" para lidar com as recentes suspeitas levantadas sobre a atuação da Petrobras, que se torna alvo recorrente em período eleitoral, segundo o ex-presidente.

"Não é a primeira vez que se tenta, em época de eleição, levantar coisa contra a Petrobras... Então eu acho que nesse aspecto o PT tem que ir para cima", afirmou.

A oposição apresentou em março um requerimento de criação de CPI no Senado para apurar denúncias de suposto superfaturamento da Petrobras na compra de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, além de suspeitas sobre pagamento de propina a funcionários da estatal por empresa holandesa, e ainda a ativação de plataformas de exploração de petróleo sem todas as condições de segurança, entre outros pontos.

Numa manobra para tentar evitar a investigação da oposição no Senado, o PT apresentou um pedido para criação de outra CPI no Senado para investigar, além das denúncias contra a estatal, os contratos de manutenção e aquisições de trens e metrôs no Estado de São Paulo sob governo do PSDB e no Distrito Federal, e as transferências de recursos federais para Estados e municípios para projetos de tecnologia de informação.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), repassou à Comissão de Constituição e Justiça da Casa a responsabilidade de avaliar os pedidos de CPI.

Para Lula, o PT deve observar as lições aprendidas na CPI do Mensalão, na qual o partido teria deixado de enfrentar o debate político quando deveria. "Se o PT tivesse feito o debate político, no momento em que tinha que fazer o debate político, e não ficasse esperando uma solução jurídica, talvez a história fosse outra", disse Lula.

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