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Lava Jato tem documentos para provar propina a Renato Duque

Segundo jornal, delator entregou contratos forjados para justificar saída de dinheiro que iria para o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

Operação Lava Jato PF Polícia Federal (Divulgação / Polícia Federal)

Operação Lava Jato PF Polícia Federal (Divulgação / Polícia Federal)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 08h40.

São Paulo – Documentos entregues por um delator à Operação Lava Jato podem comprovar o pagamento de propina ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque.

De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do Grupo Toyo Setal, informou ter simulado ao menos seis contratos de prestação de serviços para pagar propina a Duque.

Segundo a publicação, os contratos foram firmados com empresas ligadas ao lobista Adir Assad e simulavam serviços de terraplanagem, aluguel de equipamentos e consultoria.

Com isso, a empresa justificava a saída de dinheiro destinado ao esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. Na época dos contratos, que foram firmados entre 2008 e 2011, Renato Duque era diretor de Serviços da estatal.

Renato Duque é investigado pela Operação Lava Jato sob suspeita de integrar o esquema na Petrobras. Ele chegou a ser preso em novembro do ano passado, mas conseguiu ser solto depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou seu pedido de habeas corpus.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já se manifestou defendendo a revogação do habeas corpus. Para ele, há risco de que Duque tente fugir do país.

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