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Nome de Alexandre de Moraes ganha força para o STF

Moraes estava praticamente descartado da lista de Temer, mas o presidente voltou a cogitar o nome do ministro da Justiça após consultas

Alexandre de Moraes: Temer já havia dito que só escolheria o sucessor de Teori após a decisão sobre relatoria da Lava Jato (Reuters)

Alexandre de Moraes: Temer já havia dito que só escolheria o sucessor de Teori após a decisão sobre relatoria da Lava Jato (Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 11h55.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2017 às 18h05.

Brasília - O nome do novo ministro do Supremo Tribunal Federal, que irá substituir Teori Zavascki, deve ser conhecido até a terça-feira, 7.

É isso o que o presidente da República, Michel Temer, tem revelado nos bastidores após uma série de conversas realizadas no último final de semana em Brasília.

Na reta final para a escolha, ganhou força o nome do atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Até o sábado, 4, o nome mais forte na disputa era o do ministro do Superior Tribunal de Justiça Mauro Campell - considerado de perfil discreto e amigo de Teori.

Moraes estava praticamente descartado da lista de Temer, mas o presidente voltou a cogitar o nome do ministro da Justiça depois das consultas realizadas - pessoalmente e por telefone - ao longo do sábado e do domingo.

No domingo, Temer recebeu no Palácio do Jaburu o novo ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Temer também conversou por telefone com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com o novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O presidente cogitou marcar um encontro com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, mas ela passou o final de semana em Espinosa (MG), onde mora seu pai.

Timing do ministro

Temer já havia dito que só escolheria o sucessor de Teori após a decisão da presidente do STF sobre a relatoria dos processos da Operação Lava Jato, que estavam sob a guarda de Teori.

Na semana passada - por sorteio eletrônico - Edson Fachin ficou com a relatoria, após migrar para a Segunda Turma.

Depois - a aliados - o presidente afirmou que só faria a escolha após a definição de como ficará a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado.

Isso porque cabe aos 27 integrantes da CCJ realizar uma sabatina com o indicado pelo presidente, aprovando ou vetando a indicação. Temer quer garantir que o ministro não sofra um desgaste muito grande por parte dos senadores.

A briga pelo comando da comissão está entre o senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Raimundo Lira (PMDB-PB) e a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).

Ligado ao ex-presidente José Sarney e ao líder do PMDB, Renan Calheiros, Lobão - que é citado na Lava Jato - tem sido o nome mais cotado.

A tendência, contudo, é de que uma decisão seja feita apenas após votação dos integrantes da bancada. A expectativa é de que o impasse seja resolvido nesta semana.

Lista

Ao longo da semana passada, chegaram ao presidente, quase 50 indicações. Interlocutores do presidente dizem que a lista de indicados ainda está grande, mas está se afunilando. A maior parte dos nomes é ligada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Auxiliares de Temer não descartam ainda outros indicados como o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho.

Há também nomes de mulheres no radar, como a advogada-geral da União, Grace Mendonça, a Secretária de Direitos Humanos, Flávia Piovesan

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