No semiaberto, Pizzolato almoça em Brasília no 1º dia de trabalho
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil assumiu o cargo de assistente de programação da OK FM, de Brasília, rádio do ex-senador Luiz Estevão
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de agosto de 2017 às 17h09.
São Paulo - Liberado pela Justiça do Distrito Federal para trabalhar durante o dia, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato assumiu o cargo de assistente de programação da OK FM, de Brasília, rádio do ex-senador Luiz Estevão, condenado por desvio de dinheiro de obras do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo, nos anos 1990.
Já no regime semiaberto, Pizzolato começou a trabalhar e foi visto almoçando nesta quarta-feira. Ele foi o último dos condenados no caso do mensalão que estava cumprindo pena em regime fechado.
A decisão favorável a Pizzolato, concedida na sexta-feira passada pela juíza Leila Cury, ocorreu depois de uma série de pressões da bancada do PT na Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, historicamente controlada pelo partido, e também da Embaixada da Itália no Brasil.
Há um ano e dois meses, ele aguardava autorização para usufruir do benefício, passando efetivamente do regime fechado para o semiaberto.
Pizzolato, porém, ainda não começou a sair da cadeia durante o dia para trabalhar porque dependia que o serviço psicossocial da Vara de Execuções Penais avaliasse a proposta de trabalho.
Ele terá o cargo de assistente de programação na rádio OK FM, de Brasília, com salário de R$ 1,8 mil.
Para efeito de comparação, ele recebe R$ 21.750 de aposentadoria do BB, onde trabalhou por mais de três décadas, segundo seus advogados. O Ministério Público foi contra o trabalho na rádio.