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No Rio, manifestantes contra impeachment lotam a Praça XV

Entidades como a Central Única de Trabalhadores e a União Nacional dos Estudantes participam da manifestação


	Manifestação contra impeachment no Rio: pessoas carregam faixas afirmando "não vai ter golpe" durante ato.
 (Reuters/Sergio Moraes)

Manifestação contra impeachment no Rio: pessoas carregam faixas afirmando "não vai ter golpe" durante ato. (Reuters/Sergio Moraes)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 18h41.

A manifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, organizada pela Frente Brasil Popular e movimentos sociais e entidades, como a CUT e a UNE, reúne neste momento manifestantes na Praça XV, no centro do Rio, que carregam faixas e bandeiras com mensagens de diversos setores da sociedade.

Muitas defendem a permanência da presidente Dilma Rousseff e apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ministro Lula estamos com você". Outras pedem ainda a saída da presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha. # Fora Cunha # Fica Dilma.

A servidora pública, Marisa Justino, 55 anos, do coletivo da Unegro LGBT do Rio de Janeiro disse que o grupo participa com 15 integrantes, mas outros estão a caminho.

"Estamos aqui para garantir a governabilidade da presidente. Ela venceu nas urnas e precisamos garantir a governabilidade de um país democrático. Aqui, a gente não está por conta de partido, nem por conta de candidato e nem por conta de político. O nosso principal motivo hoje é garantir a democracia que está sendo amaçada", disse.

Para a atriz Letícia Sabatella, que participa do ato, a pauta comum neste momento é lutar pela democracia e combater a corrupção, mas não a que atinge apenas um grupo.

"Vamos fazer uma reforma política, vamos lutar por esta reforma para que a gente limpe todos os focos de corrupção. E não apenas pegar um bode expiatório e dizer que esse é o grande corrupto. Vamos olhar onde está a corrupção, ver porque ela existe e porque o sistema funciona desta maneira", afirmou.

Segundo o diretor do sindicato de petroleiros do Norte Fluminense (Sundipetro-NF), Tadeu Brito, disse que petroleiros de Campos e Macaé também está na manifestação. Ele trabalha na plataforma P-55, e disse acreditar que, "além de um ataque ao governo federal, há um ataque aos trabalhadores. Hoje é a defesa de um projeto eleito há 13 anos".

O tenente coronel Wagner, comandante do 5* BPM, que está à frente do esquema de segurança, disse que estão no local policiais de quatro batalhões, além da 1* Companhia Independente da Polícia Militar. Ele calculou que havia duas mil pessoas no local por volta das 17h.

O número de pessoas que chegam é grande e a expectativa dos organizadores é ampliar esse número ao fim do expediente de trabalho. "Além dos que estão aqui, temos esquema na Assembleia Legislativa, no Tribunal de Justiça e na Cinelândia. São outros apoios que estão nestes pontos principais. Temos a Polícia de Choque, mas só para casos de necessidade, mediante a acionamento, para ajudar na dispersão", informou.

De acordo com o coronel, logo no início, houve bate boca entre três militantes contra o governo que estavam na porta da Alerj, mas tudo foi contornado.

"Alguns manifestantes que passavam por aqui se sentiram afrontados, e nós conversamos com os três, e eles se retiraram sem reclamar e sem promover qualquer tipo de ofensa. E não houve mais nenhum tipo de problema."

No meio dos manifestantes, um grupo de quatro turistas holandeses queria saber o que estava acontecendo. O guia de turismo Johannes Hofstee, disse que estava explicando a eles o momento político do Brasil.

Ele contou que as duas mulheres e dois homens do sul da Holanda já conheciam a figura política de Lula e que estavam achando interessante a manifestação popular.

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