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No País, terminais de contêiner têm déficit de US$ 4 bi

A demanda do transporte em contêiner só aumenta enquanto os terminais portuários enfrentam restrições do governo

Os contêineres transportam produtos distintos, de café e açúcar a celulares e roupas de grife (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 10h12.

São Paulo - As restrições criadas pelo governo federal para a construção de novos terminais portuários no Brasil estão comprometendo a expansão do transporte em contêiner - aquelas caixas de metal padronizadas que transportam produtos distintos, de café e açúcar a celulares e roupas de grife. Calcula-se que o País tenha hoje um déficit de US$ 4 bilhões em novos terminais de contêineres para atender a uma demanda reprimida que não para de crescer.

No Brasil, a revolução do transporte em contêiner desembarcou com força no fim dos anos 1990 depois da privatização dos portos. Nas mãos da iniciativa privada, os terminais foram ampliados e modernizados. Trocaram os antigos guindastes por equipamentos automatizados, que conseguiam movimentar dezenas de contêineres por hora. Em seis anos (de 1999 a 2005), eles triplicaram o volume de cargas movimentadas.

Entre 2006 e 2010, com uma base maior, o ritmo diminuiu um pouco: cresceu 19% no período. Uma das justificativas é a capacidade dos terminais, que estaria no limite. Depois de todos os investimentos feitos, há pouca margem de manobra para as empresas ampliarem os terminais. A maioria está instalada dentro de portos públicos, estrangulados pelo crescimento urbano.

O diretor executivo da Associação dos Usuários dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, destaca que, desde a privatização, a iniciativa privada investiu US$ 2 bilhões nos terminais de contêineres. "Mas precisaríamos de US$ 4 bilhões. Ou seja, ficamos com um gap de US$ 2 bilhões. Junta-se a isso, a demanda de cabotagem que soma outros US$ 2 bilhões de investimentos não realizados." Villa afirma que, se nada for feito, o déficit pode chegar a US$ 10 bilhões até 2020.

Em Santos, maior porto da América Latina, a expansão da capacidade dos terminais tem se tornado uma das maiores preocupações da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do complexo. Hoje os terminais existentes conseguem atender até 3,2 milhões de teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Em 2010, no entanto, o volume já estava em 2,75 milhões de teus, ou seja, bem próximo do limite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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No Brasil, a revolução do transporte em contêiner desembarcou com força no fim dos anos 1990 depois da privatização dos portos. Nas mãos da iniciativa privada, os terminais foram ampliados e modernizados. Trocaram os antigos guindastes por equipamentos automatizados, que conseguiam movimentar dezenas de contêineres por hora. Em seis anos (de 1999 a 2005), eles triplicaram o volume de cargas movimentadas.

Entre 2006 e 2010, com uma base maior, o ritmo diminuiu um pouco: cresceu 19% no período. Uma das justificativas é a capacidade dos terminais, que estaria no limite. Depois de todos os investimentos feitos, há pouca margem de manobra para as empresas ampliarem os terminais. A maioria está instalada dentro de portos públicos, estrangulados pelo crescimento urbano.

O diretor executivo da Associação dos Usuários dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, destaca que, desde a privatização, a iniciativa privada investiu US$ 2 bilhões nos terminais de contêineres. "Mas precisaríamos de US$ 4 bilhões. Ou seja, ficamos com um gap de US$ 2 bilhões. Junta-se a isso, a demanda de cabotagem que soma outros US$ 2 bilhões de investimentos não realizados." Villa afirma que, se nada for feito, o déficit pode chegar a US$ 10 bilhões até 2020.

Em Santos, maior porto da América Latina, a expansão da capacidade dos terminais tem se tornado uma das maiores preocupações da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do complexo. Hoje os terminais existentes conseguem atender até 3,2 milhões de teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Em 2010, no entanto, o volume já estava em 2,75 milhões de teus, ou seja, bem próximo do limite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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