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No Nordeste, Temer anuncia ajuda para recuperar danos da chuva

Entre as medidas, está um empréstimo de R$ 600 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao governo de Pernambuco

Temer: o presidente informou que o empréstimo já está aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional e que vai providenciar a liberação dos recursos (Alan Santos/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de maio de 2017 às 07h21.

Última atualização em 29 de maio de 2017 às 07h35.

Diante dos estragos causados pela chuva em Pernambuco e Alagoas, o presidente Michel Temer fez uma viagem aos dois estados nesse domingo (28) para se reunir com gestores estaduais. Em Pernambuco, ele autorizou ações emergenciais, além de se comprometer a liberar recursos voltados a obras hídricas.

Entre eles, está um empréstimo de R$ 600 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao governo estadual - que quer utilizar os recursos para retomar obras de barragens que serviriam para prevenir problemas como os registrados no fim de semana.

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Temer informou que o empréstimo já está aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional e que vai providenciar a liberação dos recursos. O dinheiro deve ser usado para concluir quatro barragens que tiveram as obras anunciadas em 2010, na última cheia que atingiu Pernambuco, mas que foram paralisadas por falta de recursos federais, de acordo com o governo estadual.

"Me comprometi com o governador a providenciar a liberação desse empréstimo, que é fundamental: R$ 600 milhões", disse.

Ontem (28), Pernambuco decretou calamidade em 15 municípios por causa da chuva - por inundação de rios ou deslizamentos: Caruaru, Gameleira, Belém de Maria, Palmares, Amaraji, Maraial, Ribeirão, Cortês, Barra de Guabiraba, São Benedito do Sul, Rio Formoso, Catende, Água Preta, Jaqueira e Barreiros. Trinta mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas, duas morreram em Lagoa dos Gatos e duas estão desaparecidas em Caruaru.

A página de acompanhamento das chuvas, em tempo real, da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), mostrava que em 27 municípios choveu mais de 100 mm em 24 horas, com base em dados atualizados entre as 22 e 23h desse domingo.

Cinco cidades registraram mais de 200 mm: Rio Formoso está no topo da lista, com 323,24 mm, seguido de Sirinhaém, Gameleira, Ribeirão e Ipojuca.

As ações emergenciais solicitadas pelo governador Paulo Câmara são um hospital de campanha, equipamentos de salvamento e o apoio das Forças Armadas nas cidades em estado de calamidade.

Os anúncios foram feitos depois de reunião ocorrida no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, ontem à noite. O encontro começou por volta das 21h.

"Há duas atividades. Uma é emergencial, que já está sendo cuidada pelo Ministério da Integração e também com a presença do ministro da Educação e das Cidades, nas atividades de recuperação nesses municípios. A outra é mais a longo prazo e diz respeito a obras que deverão ser concluídas em caráter preventivo. Com isso, nós nos comprometemos, mais uma vez, a levar adiante também essas obras de natureza preventiva", afirmou Temer.

O estado de Pernambuco montou uma força-tarefa para monitorar as chuvas e planejar as ações a serem adotadas. Paulo Câmara anunciou que um gabinete de crise está sendo instalado em cada um dos municípios em estado de calamidade e que 200 profissionais do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil foram enviados às cidades atingidas. Kits humanitários também devem ser entregues aos desalojados e desabrigados.

Alagoas

Mais cedo, o presidente Michel Temer esteve em Alagoas, estado que também sofre com inundações, mortes e desalojados pela chuva. Quatro pessoas morreram soterradas e pelo menos mil precisaram deixar suas casas.

O presidente chegou a Maceió no fim da tarde e se reuniu com o prefeito da capital, Rui Palmeira (PSDB), e com o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB). Ele também garantiu ajuda humanitária ao estado.

Temer viajou acompanhado pelos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em Pernambuco, a comitiva contou ainda com nove ministros.

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