Água: a publicação acompanha uma série de tratados e iniciativas políticas e internacionais que ocorreram ao longo da semana (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2018 às 07h08.
Última atualização em 22 de março de 2018 às 09h01.
O Fórum Mundial da Água vai lançar seu relatório nesta quinta-feira, no mesmo dia em que se comemora o Dia Mundial da Água.
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O relatório, esperam os participantes, deve ser, após tantos acordos e tratados, o pacto decisivo na conscientização sobre a importância do manejo do recurso hídrico.
A publicação acompanha uma série de tratados e iniciativas políticas e internacionais que ocorreram ao longo da semana.
Ontem, a Organização das Nações Unidas publicou o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2018, em que aponta para soluções baseadas na natureza que podem ter um papel importante na melhoria do abastecimento e da qualidade da água e na redução do impacto dos desastres naturais.
A principal delas: o reflorestamento de áreas de nascentes e matas ciliares, a chamada infraestrutura verde, que pode garantir a resiliência de rios e bacias hidrográficas inteiras à erosão e períodos de secas.
A carta de Brasília, escrita por juízes e promotores brasileiros e estrangeiros, publicada na segunda-feira, elenca dez diretrizes para embasar os magistrados e garantir que todas as populações do planeta possam usufruir da água.
Maior evento global sobre o tema, o Fórum acontece pela primeira vez na América Latina, e Brasília é seu palco. Na segunda-feira, na abertura do evento, o presidente Michel Temer afirmou que o governo trabalha em um projeto que quer “modernizar” o saneamento básico - no Brasil o índice de perdas de água ao longo da rede é de 37%.
Na terça-feira, o Senado aprovou um projeto que exige o uso de torneiras automáticas em banheiros coletivos e estimula construções sustentáveis, além de uma nova regra à Política Nacional de Recursos Hídricos.
A procuradora-geral da República Raquel Dodge anunciou, também na terça-feira, a proposta de criação de um instituto global do Ministério Público, com o objetivo de estabelecer bases de proteção da água.
O 8º Fórum Mundial da Água, que se encerra amanhã, deixa relatórios e diretrizes mas também um legado para o Brasil e para o mundo. Cabe agora acompanhar o quanto esses relatórios servirão como guias para os governos efetivamente trabalharem em sua defesa.