Ago/2019 - NYT: Bolsonaro é o "menor e mais mesquinho" dos líderes globais
O jornal americano destacou mais uma vez a situação alarmante da Amazônia com a coluna "Uma devastação da Amazônia em todo o Brasil"
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de agosto de 2019 às 11h49.
Última atualização em 17 de dezembro de 2019 às 14h17.
São Paulo — A edição internacional do The New York Times traz nesta segunda-feira (26), na capa um artigo intitulado "A devastação da Amazônia por todo o Brasil", no qual o presidente Jair Bolsonaro é classificado como "o menor e mais maçante" dos líderes mundiais.
O texto afirma que o primeiro sinal de que a Amazônia não teria um bom ano foi a demissão do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, após o cientista ter divulgado dados alarmantes sobre o desmatamento da floresta amazônica em 2019.
"O presidente Bolsonaro avaliou a divulgação dos dados como um ato não patriota e disse que Galvão não era um bom brasileiro que queria servir ao seu país", critica o texto assinado por Vanessa Barbara, jornalista colaboradora da publicação.
O artigo conclui que "um tesouro global como a Amazônia vive à mercê do presidente Bolsonaro, o menor, mais maçante e mesquinho de todos os líderes".
Os incêndios na Amazônia chamaram a atenção da comunidade internacional e foram discutidos na Cúpula do G7, que reuniu os chefes de Estado de Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália e Canadá.
Anfitrião do encontro, o francês Emmanuel Macron, declarou neste domingo que é necessário ajudar os países da Amazônia a combater os incêndios o mais rápido possível.
Na última sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) autorizando o emprego das Forças Armadas no combate aos incêndios.
O envio dos militares dependerá da solicitação de cada governador da região, que inclui os estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
Entre esses estados, apenas Maranhão e Amapá ainda não requisitaram o apoio federal.