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Nesta cidade, quem recusar vacina disponível vai para o fim da fila

As pessoas que recusarem imunizantes só serão imunizadas depois que o último adulto de 18 anos tiver tomado a vacina contra a covid-19 na cidade

Vacinação contra a covid-19 em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

Vacinação contra a covid-19 em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de julho de 2021 às 16h56.

Última atualização em 1 de julho de 2021 às 17h02.

O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), informou que as pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19 da marca que estiver disponível nos postos de saúde vão para o fim da fila de imunização da cidade. A medida foi anunciada em uma live transmitida na noite de quarta-feira, 30, e passa a valer a partir desta quinta-feira, 1º.

Atualmente, São Bernardo do Campo está vacinando pessoas com mais de 43 anos por meio de agendamento prévio. Quem não quiser tomar o imunizante contra a covid-19 que estiver disponível no momento em que a vacinação foi agendada terá de assinar um documento específico. "Se você se recusar a assinar, duas testemunhas que estão trabalhando assinarão dando fé", explica Morando.

As pessoas que recusarem imunizantes serão submetidas ao fim da fila de vacinação e só serão imunizadas depois que o último adulto de 18 anos tiver tomado a vacina contra a covid-19 na cidade.

"Eu tenho insistido que vacina não é para escolher. Você lembra a marca da vacina que tomou de gripe? Não lembra. Você lembra, quando era jovem, a vacina que a sua mãe te deu de sarampo, de rubéola?", questiona o prefeito. "Ninguém nunca pediu marca de vacina. Por que agora, na maior pandemia da humanidade, as pessoas querem escolher vacina?"

Segundo o prefeito, na terça-feira, 29, cerca de 200 pessoas se recusaram a tomar algum tipo de imunizante em São Bernardo do Campo. Desse modo, a medida está sendo adotada em resposta aos chamados "sommelier de vacina", que vão atrás de marcas específicas do imunizante.

"Sem nenhum constrangimento, é um direito seu. Aqui ninguém faz nada obrigado. Mas também é um direito nosso colocá-lo no fim da fila, porque você tem o direito à sua vacina, mas não está tomando porque não quer", diz Morando.

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