Brasil

'Nem Jesus Cristo agradou todo mundo', diz Kátia Abreu

Katia Abreu disse que sua atuação no comando da pasta será marcada pelo diálogo


	Katia Abreu disse que sua atuação no comando da pasta será marcada pelo diálogo
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Katia Abreu disse que sua atuação no comando da pasta será marcada pelo diálogo (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2015 às 15h01.

Brasília - A nova ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), afirmou que "nem Jesus Cristo agradou todo mundo" e disse que não ficou ofendida com as críticas de integrantes do PT à indicação dela para a pasta.

"Nós vivemos numa democracia, nem Jesus Cristo agradou todo mundo. E eu também não pretendo. A unanimidade é burra. Estou acostumada com democracia e as críticas, e sou tolerante a todas elas", afirmou na chegada ao Congresso Nacional para a posse da presidente Dilma Rousseff.

Katia Abreu disse que sua atuação no comando da pasta será marcada pelo diálogo, afirmou que ouvirá todos os setores e permitirá a participação da iniciativa privada.

"Eu sempre digo que se o ministério não atrapalhar, o agronegócio vai bem, obrigada. Tenho que me esforçar para que o ministério não atrapalhe. Temos que facilitar a vida do produtor e não criar dificuldade".

A nova ministra afirmou, ainda, que dará "atenção total" aos produtores rurais, para que saiam da subsistência e possam ir ao mercado. "Se temos hoje 5 milhões de produtores rurais, apenas 750 mil estão na classe media rural brasileira. O foco do ministério é aumentar a grande classe media rural, buscando produtores das classes D e E", disse.

Decisão pessoal

A senadora Ana Rita (PT-ES) afirmou na manhã desta quinta-feira, ao chegar ao Congresso para a solenidade de posse de Dilma Rousseff, que a escolha de Kátia Abreu para chefiar o Ministério da Agricultura foi uma decisão pessoal da presidente reeleita, não do PT.

Militante dos direitos humanos, Ana Rita foi questionada sobre críticas de setores do PT à escolha de Kátia Abreu para o ministério. Alegam que Abreu, presidente da maior entidade ruralista do País, é defensora dos grandes produtores rurais e contrária a bandeiras históricas do partido, como a reforma agrária.

"Não questiono a indicação pessoal da presidenta Dilma. Acredito que a indicação da Kátia Abreu é da cota pessoal dela", afirmou a senadora petista.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaGovernoGoverno DilmaTrigo

Mais de Brasil

Bandeira tarifária de janeiro se mantém verde, sem cobrança extra

Governo transfere R$ 6,5 bilhões para fundo de reconstrução do Rio Grande do Sul

Defesa de Daniel Silveira alega que ida ao shopping não feriu cautelar, mas saída era proibida