Negros e indígenas terão cotas na pós da UFMG a partir de 2018
A aprovação das cotas para a universidade foi decidida por unanimidade pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe)
Agência Brasil
Publicado em 5 de abril de 2017 às 21h54.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aprovou a reserva de vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência nos programas de mestrado, mestrado profissional e doutorado.
A medida valerá para os processos seletivos realizados a partir de 2018.
Divulgada hoje (5) pela instituição, a aprovação das cotas foi decidida por unanimidade pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), órgão composto por docentes, representantes de estudantes e de servidores técnico-administrativos.
Também foi autorizada a criação de uma comissão permanente para acompanhar a medida.
De acordo com a proposta aprovada, os programas de pós-graduação deverão separar entre 20% e 50% das vagas para candidatos que se autodeclararem negros, o que, segundo os critérios utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclui pretos e pardos.
Os cursos também deverão ter uma vaga suplementar para indígenas e outra para pessoas com deficiência.
Os processos seletivos deverão sofrer adaptações para atender, por exemplo, a necessidades de indígenas que não dominam a língua portuguesa e de surdos que demandam tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A medida adotada pela UFMG não é inédita. Em 2015, a Universidade Federal de Goiás (UFG) foi a primeira instituição pública de ensino do país a adotar cotas na pós-graduação. A reserva de vagas em cursos de mestrado e doutorado também já é realidade nas universidades federais da Bahia (UFBA), do Espírito Santo (UFES), do Piauí (UFPI), de Mato Grosso (UFMT) e de Alagoas (UFAL), entre outras.