Acompanhe:

Napoleão Maia se irrita em sessão do TSE e critica delações

O ministro chegou a desejar a "ira do profeta" às pessoas que fizeram acusações contra ele

Modo escuro

Continua após a publicidade
Napoleão Maia: as informações sobre citações ao ministro em delações foram noticiadas pela imprensa (Ueslei Marcelino/Reuters)

Napoleão Maia: as informações sobre citações ao ministro em delações foram noticiadas pela imprensa (Ueslei Marcelino/Reuters)

A
Agência Brasil

Publicado em 9 de junho de 2017 às, 16h57.

No início da retomada do julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Napoleão Nunes Maia, primeiro a se manifestar após a apresentação do voto do relator, mostrou-se revoltado por surgirem denúncias de que ele estaria sendo citado nas delações premiada das empresas OAS e JBS.

O ministro chegou a desejar a "ira do profeta" às pessoas que fizeram acusações contra ele. Após o desabafo de Napoleão, a sessão foi suspensa por cinco minutos e depois retomada.

Em sua fala, Napoleão Nunes Maia criticou duramente o instrumento da delação premiada.

"Se isto não terminar, o final não será bom. Todos nós estamos sujeito ao alcance dessas pessoas [delatores]. O sujeito fica indefeso diante disso, deve amargurar isso no coração?", questionou o ministro.

As informações sobre citações ao ministro em delações foram noticiadas pela imprensa.

"Um delator teria dito que eu intercedi [em favor da JBS]. Eu nunca vi esse advogado e duvido que tenha dito isso. A mentira é do delator, que disse isso para me incriminar em troca das benesses que recebeu. A delação está servindo para isso. Alguém pode ser solicitado a denunciar alguém em troca de uma benesse e [esse] alguém que amargure pelo resto da vida", criticou Napoleão Nunes.

Segundo o ministro, ele chegou a ser questionado na igreja que frequenta sobre a suposta inclusão do nome dele em delações.

"Respondi que com a medida com que me medem serão medidos. E sobre eles desabe a ira do profeta. É uma anátema islâmica. Ira do profeta, não vou dizer o que é, mas vou fazer um gesto do que é a ira do profeta", disse o ministro passando a mão estendida à frente do pescoço, imitando a degola por uma foice.

"É isso que eu quero que caia sobre eles", completou.

Após a fala do ministro, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, prestou solidariedade ao colega e acusou o Ministério Público Federal de ser o responsável por vazamentos.

Mendes ainda criticou o vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, que pediu, na sessão de hoje, a suspeição do ministro Admar Gonzaga.

O pedido foi rejeitado pelo plenário do TSE.

Últimas Notícias

Ver mais
PT rejeita recurso contra filiação de Marta Suplicy, que será vice de Guilherme Boulos
Brasil

PT rejeita recurso contra filiação de Marta Suplicy, que será vice de Guilherme Boulos

Há um dia

Caso Marielle: PF prende três suspeitos de mandar assassinar vereadora e Anderson Gomes
Brasil

Caso Marielle: PF prende três suspeitos de mandar assassinar vereadora e Anderson Gomes

Há 4 dias

Flávio Dino nega pedido de Bolsonaro para rever multa de R$ 70 mil do TSE
Brasil

Flávio Dino nega pedido de Bolsonaro para rever multa de R$ 70 mil do TSE

Há uma semana

Robinho deve cumprir pena no Brasil e ser preso imediatamente por estupro na Itália, decide STJ
Brasil

Robinho deve cumprir pena no Brasil e ser preso imediatamente por estupro na Itália, decide STJ

Há uma semana

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais