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Não sou contra, se estiver com pais, diz Damares sobre menor praticar tiro

Decreto que flexibiliza posse, compra e importação de armas também permite que menores pratiquem tiro esportivo sem necessidade de permissão judicial

DAMARES ALVES: Não sou contra, se tiver acompanhada do pai e da mãe e quiser aprender a atirar, eu não sou contra" (Valter Campanato/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2019 às 21h33.

Brasília — Após o presidente Jair Bolsonaro assinar um decreto permitindo que crianças e adolescentes pratiquem tiro esportivo sem autorização judicial, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse não ser contra a medida e falou que a ideia não nasceu "na cabeça" do presidente, mas na demanda de famílias.

Ela declarou acreditar que não haverá uma grande procura de famílias no Brasil para que menores de 18 anos aprender a atirar. De acordo com o decreto presidencial, menores de 18 anos de idade poderão atirar em clubes voltados para a prática apenas com a autorização de um de seus responsáveis legais. Antes disso, o tiro desportivo para esse público só era permitido com aval de um juiz.

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"Não é uma criação nossa, não nasceu na cabeça do presidente. É uma demanda reprimida, famílias estavam querendo isso há muito tempo", disse Damares, após uma cerimônia de lançamento da versão atualizada do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em seguida, ela relativizou a demanda no Brasil: "Não vejo demanda de famílias querendo. Mas vai atender àquelas que já querem. Não sou contra, se tiver acompanhada do pai e da mãe e quiser aprender a atirar, eu não sou contra."

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