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"Não esteve comigo durante a campanha", diz Bolsonaro sobre Moro

Em comentário no Facebook, Bolsonaro respondeu a um usuário sobre a participação de Moro durante a campanha presidencial de 2018

Jair Bolsonaro e Sergio Moro: ministro também tem sofrido desgaste diante das tentativas de Bolsonaro de interferir na estrutura da Polícia Federal (Marcos Corrêa/Planalto/Flickr)

Jair Bolsonaro e Sergio Moro: ministro também tem sofrido desgaste diante das tentativas de Bolsonaro de interferir na estrutura da Polícia Federal (Marcos Corrêa/Planalto/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 06h59.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 09h36.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro respondeu neste final de semana a um usuário do Facebook que lhe pediu para cuidar bem do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

“Jair Messias Bolsonaro cuide bem do ministro Moro, você sabe que votamos em um governo composto por você ele e o Paulo Guedes”, escreveu um usuário da rede social identificado como Bunny Sam na página oficial do presidente da República no Facebook.

Bolsonaro respondeu, sem mencionar explicitamente o nome do ministro da Justiça: “Com todo respeito a ele, mas o mesmo não esteve comigo durante a campanha, até que, como juiz, não poderia.”

Na época da campanha eleitoral, Moro era juiz federal em Curitiba, responsável por cuidar de processos da Lava Jato no Paraná. Depois de ser convidado para assumir um cargo no primeiro escalão do governo Bolsonaro, ele largou a magistratura.

Bolsonaro indicou na sexta-feira cinco nomes para integrar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Apesar de o Cade ser formalmente ligado ao Ministério da Justiça, de Moro, o ministro não foi consultado e não teve influência em nenhuma das indicações.

Moro também tem sofrido desgaste diante das tentativas de Bolsonaro de interferir na estrutura da Polícia Federal.

No último sábado, em conversa com os jornalistas, o presidente disse que "todos os ministros têm ingerência minha” e que foi “eleito para mudar”, ao ser indagado se Moro teria carta branca para atuar.

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