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Não é hora de pensar em impeachment, diz Maia

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que o tema exige equilíbrio e voltou a defender a união dos Poderes

Maia, presidente da Câmara: "Tenho de ter muito cuidado, isenção e equilíbrio" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Maia, presidente da Câmara: "Tenho de ter muito cuidado, isenção e equilíbrio" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2020 às 13h18.

Última atualização em 10 de junho de 2020 às 13h59.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reforçou nesta quarta-feira, 10, que não é o momento de analisar um pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Como presidente da Casa, caberá a Maia aceitar ou não os processos protocolados contra o chefe do Executivo.

"Não é hora de pensar em impeachment. É preciso união para salvar vidas e empregos. O presidente da Câmara decide pelo sim ou pelo não. Tenho de ter muito cuidado, isenção e equilíbrio", disse Maia.

O presidente da Câmara concedeu entrevista na manhã desta quarta à Rádio Gaúcha. A conversa começou antes mesmo da participação de Maia na abertura da sessão extraordinária do Tribunal de Contas da União (TCU) que analisa as contas do primeiro ano do governo de Bolsonaro.

Entre outros assuntos, Maia defendeu a união dos Poderes e afirmou que, caso alguém do governo discorde de alguma decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deve apresentar recurso para que o caso seja analisado pelo plenário.

A declaração acontece após o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmar que, em alguns casos, há excesso por parte de ministros da Suprema Corte. "Se o Mourão acha que a decisão de algum ministro do STF ultrapassa algum limite, pode recorrer ao plenário para saber qual a decisão de todos os ministros."

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