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Na TV, Haddad e Serra trocam acusações

Enquanto Haddad abriu seu programa acusando o tucano de desinformar o eleitorado sobre uma das principais propostas de sua candidatura, tucanos criticaram Marta Suplicy

José Serra e Fernando Haddad tem divergências quanto ao transporte em São Paulo (Agência Brasil/Divulgação/Facebook/Montagem EXAME.com)

José Serra e Fernando Haddad tem divergências quanto ao transporte em São Paulo (Agência Brasil/Divulgação/Facebook/Montagem EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 22h43.

São Paulo - Os candidatos Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) levaram para o horário eleitoral da noite desta quarta-feira o embate que tradicionalmente polariza as duas candidaturas em São Paulo. Enquanto Haddad abriu seu programa acusando o tucano de desinformar o eleitorado sobre uma das principais propostas de sua candidatura, o Bilhete Único Mensal, a campanha tucana questionou a nomeação para o Ministério da Cultura da senadora Marta Suplicy (PT-SP) após sua adesão à campanha petista.

Na última segunda-feira (10), após caminhada pelo centro da cidade com Marta Suplicy, Haddad revelou sua preocupação com a estratégia tucana de criticar sua proposta de bilhete único mensal. Na noite desta quarta, o horário eleitoral começou com um tipo de comunicado ao eleitorado à parte do programa. "O candidato Serra tem tentado inutilmente confundir as pessoas com dados falsos sobre o Bilhete Único Mensal de Haddad", diz um apresentador. O narrador afirma que o bilhete, de uso ilimitado, custará R$ 140 e metade do valor para os estudantes, mas que os usuários de transporte público poderão continuar usando o Bilhete Único tradicional se desejarem.

Ao defender o respeito ao dinheiro do contribuinte e a utilização dos impostos "de maneira inteligente", Haddad prometeu reduzir impostos para atrair empresas para as regiões periféricas, como Itaquera (zona leste). Nesta área, segundo o candidato, será possível implantar um polo tecnológico e uma universidade federal. Em seguida, o programa exibiu um novo depoimento da presidente Dilma Rousseff elogiando a "ousadia" e os "pés no chão" do petista. "Se tem uma coisa que admiro em Fernando Haddad é que ele consegue, ao mesmo tempo, ser ousado e ter os pés no chão. Se tem uma coisa que São Paulo está precisando é isso: um prefeito que saiba aliar ousadia e realismo, capacidade planejar e capacidade de fazer", enfatiza a presidente.


O programa de Serra começou listando as realizações do candidato para em seguida criticar a ida da senadora Marta Suplicy para o ministério. "Peraí, ministério como moeda de troca e a gente que paga a conta?", critica um ator, ressaltando o que chamou de prática da política do "toma lá, dá cá do PT" para o partido "chegar ao poder e criar taxas".

Além de exibir depoimentos de eleitores atacando a nomeação de Marta, o programa mostrou cenas de hospitais abandonados em 2005, quando Serra assumiu a Prefeitura de São Paulo. Segundo o programa, aquela situação teria sido o resultado da junção das administrações de Paulo Maluf, Celso Pitta e do PT. "Foi duro recuperar o sistema e avançar", afirmou o narrador. Passadas as críticas ao PT, Serra propôs zerar as filas de espera na área de saúde através de mutirões e integrar as redes municipal e estadual de saúde.

O candidato do PMDB Gabriel Chalita exibiu um programa gravado numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bauru, no interior de São Paulo, para mostrar ao eleitor como funciona o programa federal que ele pretende trazer para São Paulo, se for eleito. "Bauru é um exemplo de um prefeito que resolveu fazer parceria com o governo federal", afirmou o candidato, que se disse envergonhado com a maneira como os pacientes em São Paulo são tratados. O peemedebista apresentou sua vice de chapa, a médica Marianne Pinotti, filha do ex-deputado José Aristodemo Pinotti, falecido em 2009.

O pedetista Paulo Pereira da Silva destacou as dificuldades enfrentadas pela população no atendimento em hospitais e postos de saúde e prometeu "um choque de gestão na área". José Maria Eymael (PSDC) também criticou o atendimento no setor, assim como Miguel Manso (PPL), que prometeu criar uma Fundação Municipal de Gestão Pública para melhorar a administração da rede de atendimento em saúde. Carlos Giannazi (PSOL) condenou a "privatização" da saúde em São Paulo.

Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas de intenção de voto, repetiu o programa exibido à tarde onde mostrou o sofrimento de famílias que perderam suas casas nos últimos incêndios em favelas. "Isso vai mudar, isso tem que mudar", afirmou. Soninha Francine (PPS) defendeu a desburocratização do sistema para regularizar pequenos negócios.

O candidato do PRTB, Levy Fidelix, pregou o deslocamento da Rodoviária do Tietê, do Ceagesp e do aeroporto de Congonhas para melhorar o trânsito na cidade. Ana Luiza Figueiredo (PSTU) acrescentou à sua "lista de envolvidos com escândalos" o candidato Celso Russomanno. "Russomanno não tem nada de novo, é cria do Maluf", apontou. Anai Caproni criticou o processo criminal contra os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) que invadiram a reitoria no ano passado.

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