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Mulher é agredida em Pernambuco após discussão política

Ela usava adesivos e bottons em apoio ao candidato à Presidência da República Ciro Gomes e ao movimento #EleNão

Protesto contra Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro antes do primeiro turno das eleições: organizadores programaram locais distintos, embora em algumas situações nas mesmas cidades (Nacho Doce/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de outubro de 2018 às 10h57.

Recife - A polícia civil de Pernambuco está à procura de três homens e uma mulher acusados de lesão grave e ameaça contra a produtora e servidora pública Paula Pinheiro Ramos Pessoa Guerra, 37. Ela foi espancada na noite do domingo, 7, em um bar na zona norte do Recife, supostamente por utilizar adesivos e bottons em apoio ao candidato à Presidência da República nas eleições 2018 Ciro Gomes (PDT) e ao movimento #EleNão, que faz oposição ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com a delegada Morgana Alves, que registrou o boletim de ocorrência nesta quinta-feira, 11, Paula estava no bar acompanhado de um amigo, quando foi questionada pelos homens sobre "o porquê de não votar em Bolsonaro". O grupo discutiu, quando uma mulher começou a agredir a servidora com socos, enquanto os homens impediam que os funcionários do bar e outros clientes interrompessem a agressão.

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A mulher foi salva por um dos garçons que conseguiu esconder Paula na cozinha do estabelecimento até que o grupo acusado de cometer as agressões saísse do local. A vítima ficou com hematomas pelo rosto e teve um dos braços quebrados. Nesta quinta-feira, ela foi submetida a exames traumatológicos no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.

"Durante a discussão ela ainda conseguiu filmar os homens, no entanto, a agressora pegou o celular dela e quebrou. Foi um crime de motivação política. As investigações vão continuar no intuito de identificar os acusados e puni-los", afirmou a delegada.

"Vamos prestar toda a assistência a essa vítima e monitorar esse caso para que não volte a se repetir com outras mulheres", disse a secretária da mulher de Pernambuco, Silvia Cordeiro.

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