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Mudanças climáticas vão agravar desafios no abastecimento de água até 2050, diz estudo

Levantamento da Trata Brasil aponta riscos regionais e necessidade de adaptação para evitar crise hídrica no Brasil

Mudanças climáticas: extremos deve afetar fornecimento de água (Nelson Almeida/AFP/Getty Images)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 00h01.

Ondas de calor, secas prolongadas e tempestades intensas devem impactar drasticamente o sistema de saneamento básico brasileiro até 2050, segundo estudo inédito do Instituto Trata Brasil, em parceria com a Way Carbon, divulgado nesta terça-feira, 19.

O levantamento alerta que fenômenos climáticos extremos exigirão adaptações urgentes nas infraestruturas de água e esgoto para evitar colapsos no abastecimento e proteger a saúde da população.

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Estados como Rio Grande do Sul, Ceará e Amazonas estão entre os mais vulneráveisdevido às características regionais e limitações nos sistemas de tratamento e distribuição de água. Segundo o levantamento, tempestades, ondas de calor e secas criam riscos únicos que variam de acordo com cada localidade.

Impactos regionais das mudanças climáticas

O estudo analisou três fenômenos principais — tempestades, ondas de calor e secas meteorológicas — usando modelos climáticos que projetam cenários para 2030 e 2050. A pesquisa detalha os seguintes riscos:

Principais ameaças climáticas para o setor de saneamento por região do Brasil

Estratégias para mitigação

O levantamento indica quea adaptação das infraestruturas de saneamento é crucial para mitigar os impactos climáticos. O fortalecimento de sistemas de captação, investimentos em tecnologia e políticas públicas de gestão integrada dos recursos hídricos são algumas das ações recomendadas.

“Em 2024, vivemos os impactos das mudanças climáticas na pele. É imprescindível investir em adaptação para cenários extremos e promover a resiliência das comunidades mais afetadas", diz presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto.

A implementação de estratégias de reuso de água e modernização de sistemas também foi apontada como essencial para garantir a segurança hídrica da população e a sustentabilidade do setor.

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