EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2015 às 18h08.
Rio, Recife e Franca - Militantes do Movimento dos Trabalhadores sem-terra (MST) realizaram bloqueios em rodovias estaduais e federais de norte a sul do País nesta quarta-feira, 11.
A iniciativa faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que reivindica, dentre outros pontos, agilidade na reforma agrária no Brasil.
No Rio de Janeiro, os manifestantes ocuparam a BR 356, que liga os municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, no Norte Fluminense, onde fizeram um protesto mais cedo.
O grupo chegou por volta das 5h30 à via, na altura da localidade de Martins Lage, e interditou a pista até as 9 horas, nos dois sentidos.
A iniciativa faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que reivindica, dentre outros pontos, agilidade na reforma agrária no Brasil. Na imagem, o bloqueio que acontece em Minas Gerais.
A iniciativa faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que reivindica, dentre outros pontos, agilidade na reforma agrária no Brasil. Na imagem, o bloqueio que acontece em Minas Gerais.
Os manifestantes atearam fogo a pneus. Ninguém foi ferido, segundo bombeiros de Campos. Eles informaram que ainda há pessoas que participaram do protesto às margens da rodovia, mesmo que a via já esteja liberada há mais de cinco horas.
No Estado, o protesto também contempla a parte da Jornada Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas, que luta pelos direitos trabalhistas das mulheres do campo e reivindica junto à Previdência Social a universalização do salário-maternidade e a inclusão das trabalhadoras informais nos direitos previdenciários, entre outras causas. Os manifestantes também pediam reforma agrária.
Já em Minas Gerais, cinco rodovias federais que atravessa o Estado foram bloqueadas. Na Rodovia Fernão Dias (BR-381) os manifestantes interditaram as duas pistas que ligam São Paulo a Belo Horizonte, no trecho localizado em Santo Antônio do Amparo (MG).
Eles reclamam de desassistência do governo federal e exigem uma reunião com representantes do Incra. O protesto acontece na praça de pedágio do quilômetro 658 e causou congestionamento de sete quilômetros no sentido São Paulo e cinco no sentido Belo Horizonte no fim da manhã. A Polícia Rodoviária Federal e a concessionária que administra o trecho tentavam liberar o trânsito no local.
De acordo com a Arteris, concessionária da rodovia, todas as cabines do pedágio foram interditadas.
Os manifestantes, em torno de cem pessoas, também reivindicam a desapropriação das terras de uma usina localizada no município de Campo do Meio (MG).
Fogo
Segundo a Polícia Rodoviária, em Minas Gerais também houve bloqueios nas rodovias BR116, 120, 251 e 365. Na BR-365, no perímetro urbano de Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro, os manifestantes queimaram pneus e a rodovia foi interditada por volta das 8h.
Na BR-251, em Francisco Sá, no norte do Estado, o trânsito também foi interrompido, assim como na BR116, em Frei Inocêncio, no Vale do Rio Doce. Na BR 120, na Zona da Mata, próximo ao quilômetro 669, o movimento pede a sinalização da rodovia que corta um assentamento e que já causou as mortes de três assentados.
No Estado de Pernambuco, os militantes do movimento promoveram bloqueios em nove pontos de seis rodovias, nesta manhã. As interdições foram realizadas com pneus queimados ou entulhos. Com carros de som e bandeiras do movimento, os manifestantes pediram agilidade na reforma agrária no País e no Estado.
As rodovias já foram liberadas e um grupo de sem-terra, liderados pelo dirigente estadual Jaime Amorim, se reuniu com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, para discutir pauta do movimento em Pernambuco, onde eles cobram mais infraestrutura nos assentamentos, a exemplo de água encanada, e apoio a financiamentos.
Segundo a PRF-PE, foram bloqueados pontos das BRs 232, 104, 408, 316, 423 e 101 abrangendo municípios de todas as regiões do Estado - região metropolitana, zona da mata, agreste e sertão. Os bloqueios provocaram congestionamentos, mas sem registro de conflito.