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MPL tem atitude antidemocrática e desrespeitosa, diz Moraes

O Ministério Público do Estado de São Paulo convocou uma reunião nesta quinta para intermediar os conflitos

Protestos: segundo o secretário, houve "necessidade" de dispersar o ato da última terça-feira (Nelson Almeida/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 12h55.

São Paulo - O secretário estadual de Segurança Pública , Alexandre de Moraes, disse nesta quinta-feira, 14, que o Movimento Passe Livre (MPL) age de forma "antidemocrática" e "desrespeitosa" por não divulgar previamente o trajeto das manifestações em São Paulo e por ter "se negado ao diálogo".

O Ministério Público do Estado de São Paulo convocou uma reunião nesta quinta para intermediar os conflitos que têm ocorrido entre Polícia Militar e manifestantes.

O MPL não compareceu à reunião. Militantes informaram ao jornal O Estado de S. Paulo que não conseguiriam chegar a tempo. Moraes lamentou a ausência do grupo.

Uma nova mediação foi marcada para a próxima segunda-feira, 18, às 10 horas. O procurador-geral Márcio Elias Rosa propôs que haja uma reunião prévia com o MPL e, posteriormente, com governo do Estado e Prefeitura.

O MP foi procurado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que tenta pacificar os protestos e evitar que as ruas que transformem em um palco de guerra entre PM e manifestantes.

"É um verdadeiro desrespeito o que esse movimento está fazendo com a população de São Paulo", disse o secretário, referindo se a não divulgação do percurso com antecedência.

Para Moraes, o MPL tem uma atitude antidemocrática por desrespeitar a Constituição Federal. "Além de não comunicar (o trajeto), não há nada mais antidemocrático do que se negar ao diálogo", disse.

O secretário afirmou que o MPL teria alterado os dois locais e o horário dos protestos desta quinta. O que está previsto para ocorrer às 17 horas no Teatro Municipal teria sido modificado para a Praça da Sé.

O outro, que acontecerá simultaneamente, seria transferido para o Largo da Batata. O secretário não especificou a mudança em relação ao horário.

Por causa das alterações, conforme Moraes, a polícia ainda não determinou o trajeto da manifestação. Ele negou que seja "arbitrária" a rota definida pela PM.

"Não podemos ficar a mercê de um grupo que não está querendo ser manifestar, mas quer causar baderna."

Segundo o secretário, houve "necessidade" de dispersar o ato da última terça-feira, 12, porque os manifestantes estariam "se lançando" contra o bloqueio feito pela PM.

Os manifestantes tentavam seguir pela Avenida Rebouças em direção ao Largo da Batata e a polícia queria que o ato caminhasse até a Praça da República pela Rua da Consolação.

Nos atos desta quinta, Moraes disse esperar que não haja necessidade de dispersão do ato.

O secretário municipal de Governo, Chico Macena, participou da reunião representando a Prefeitura. Ele pediu o diálogo "de forma pacífica" e destacou a importância de definição previa do trajeto para realizar o desvio de linhas de ônibus e do tráfego.

Questionado sobre a atuação da PM, Macena disse que não é a Prefeitura que deve averiguar se houve abuso policial, mas o Ministério Público e a própria polícia.

"Se abusos existiram, a população de São Paulo pode ficar tranquila que a Secretaria de Segurança Pública não vai compactuar com nenhum abuso", disse Moraes.

Segundo ele, dois manifestantes presos no último ato continuam detidos e devem ser acusados de organização criminosa.

De acordo com o secretário, mais de 50 inquéritos foram instaurados contra manifestantes desde junho de 2013.

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São Paulo - O secretário estadual de Segurança Pública , Alexandre de Moraes, disse nesta quinta-feira, 14, que o Movimento Passe Livre (MPL) age de forma "antidemocrática" e "desrespeitosa" por não divulgar previamente o trajeto das manifestações em São Paulo e por ter "se negado ao diálogo".

O Ministério Público do Estado de São Paulo convocou uma reunião nesta quinta para intermediar os conflitos que têm ocorrido entre Polícia Militar e manifestantes.

O MPL não compareceu à reunião. Militantes informaram ao jornal O Estado de S. Paulo que não conseguiriam chegar a tempo. Moraes lamentou a ausência do grupo.

Uma nova mediação foi marcada para a próxima segunda-feira, 18, às 10 horas. O procurador-geral Márcio Elias Rosa propôs que haja uma reunião prévia com o MPL e, posteriormente, com governo do Estado e Prefeitura.

O MP foi procurado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que tenta pacificar os protestos e evitar que as ruas que transformem em um palco de guerra entre PM e manifestantes.

"É um verdadeiro desrespeito o que esse movimento está fazendo com a população de São Paulo", disse o secretário, referindo se a não divulgação do percurso com antecedência.

Para Moraes, o MPL tem uma atitude antidemocrática por desrespeitar a Constituição Federal. "Além de não comunicar (o trajeto), não há nada mais antidemocrático do que se negar ao diálogo", disse.

O secretário afirmou que o MPL teria alterado os dois locais e o horário dos protestos desta quinta. O que está previsto para ocorrer às 17 horas no Teatro Municipal teria sido modificado para a Praça da Sé.

O outro, que acontecerá simultaneamente, seria transferido para o Largo da Batata. O secretário não especificou a mudança em relação ao horário.

Por causa das alterações, conforme Moraes, a polícia ainda não determinou o trajeto da manifestação. Ele negou que seja "arbitrária" a rota definida pela PM.

"Não podemos ficar a mercê de um grupo que não está querendo ser manifestar, mas quer causar baderna."

Segundo o secretário, houve "necessidade" de dispersar o ato da última terça-feira, 12, porque os manifestantes estariam "se lançando" contra o bloqueio feito pela PM.

Os manifestantes tentavam seguir pela Avenida Rebouças em direção ao Largo da Batata e a polícia queria que o ato caminhasse até a Praça da República pela Rua da Consolação.

Nos atos desta quinta, Moraes disse esperar que não haja necessidade de dispersão do ato.

O secretário municipal de Governo, Chico Macena, participou da reunião representando a Prefeitura. Ele pediu o diálogo "de forma pacífica" e destacou a importância de definição previa do trajeto para realizar o desvio de linhas de ônibus e do tráfego.

Questionado sobre a atuação da PM, Macena disse que não é a Prefeitura que deve averiguar se houve abuso policial, mas o Ministério Público e a própria polícia.

"Se abusos existiram, a população de São Paulo pode ficar tranquila que a Secretaria de Segurança Pública não vai compactuar com nenhum abuso", disse Moraes.

Segundo ele, dois manifestantes presos no último ato continuam detidos e devem ser acusados de organização criminosa.

De acordo com o secretário, mais de 50 inquéritos foram instaurados contra manifestantes desde junho de 2013.

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