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MPL cancela manifestação de sábado, em Salvador

"Nossa polícia é altamente experimentada na atuação em grandes eventos, nosso carnaval é muito elogiado, no mundo, por isso", argumentou Jaques Wagner

Segundo lideranças do movimento, está sendo organizada uma reunião, para o início da semana que vem, para definir as próximas ações (Divulgação/MPL-SP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 23h45.

Salvador - Um dia depois do violento confronto entre manifestantes e policiais militares registrados na noite de quinta-feira, 20, em Salvador , a articulação do Movimento do Passe Livre resolveu cancelar a manifestação que estava sendo articulada para este sábado, 22. O protesto ocorreria, mais uma vez, nos arredores da Arena Fonte Nova - que vai receber a partida entre Brasil e Itália, às 16 horas.

Segundo lideranças do movimento, está sendo organizada uma reunião, para o início da semana que vem, para definir as próximas ações. Outros grupos, porém, anunciam manifestações menores na cidade para este sábado, em alguns pontos turísticos de Salvador, como a orla.

O governador Jaques Wagner lamentou a depredação dos protestos da quinta-feira e os confrontos entre PMs e manifestantes, mas defendeu a ação da polícia e prometeu reforçar a segurança na cidade, em especial nos arredores do estádio. "Nossa polícia é altamente experimentada na atuação em grandes eventos, nosso carnaval é muito elogiado, no mundo, por isso", argumentou.

O saldo dos confrontos e dos atos de vandalismo foi de dois policiais e 44 civis feridos, entre eles um homem baleado e uma mulher com uma fratura na perna. Três ônibus foram incendiados, outros três (entre eles dois que serviam à comitiva da Fifa) apedrejados, quatro viaturas da Polícia Civil e dois carros de passeio danificados. Três agências bancárias e cinco lojas tiveram fachadas quebradas - uma delas foi saqueada. Dezenas de equipamentos públicos, como pontos de ônibus, banheiros químicos, telefones públicos, placas de sinalização de trânsito e lixeiras) foram depredados.

Por outro lado, Wagner prometeu investigar "todas as acusações de abuso" por parte da força policial. Vídeos registrados pela população e divulgados na internet mostram, por exemplo, um policial militar atirando para o alto, no meio dos manifestantes, de dentro de um carro do governo do Estado. "Já identificamos o veículo, que estava sendo usado pela PM, e vamos identificar os ocupantes", prometeu.

Pauta

Em seu primeiro pronunciamento após o confronto de quinta-feira, o governador cobrou foco nos protestos, afirmou que os atos violentos "atrapalham a democracia".

Wagner disse que "se empolga" com "o despertar para a cidadania da juventude", lembrou de manifestações das quais participou, quando era estudante e depois de ingressar no sindicalismo, mas cobrou uma pauta de reivindicações dos manifestantes.

"É preciso mostrar claramente quais são as reivindicações, para que possamos ir à mesa negociar", argumentou. "Para ir às ruas, a população precisa ter uma bandeira concreta para pressionar. Acho que o grito dessa manifestação foi 'melhora Brasil'. Esse grito já foi dado. Agora, precisamos das pautas."

Segundo o governador, a violência registrada nos confrontos põe em risco a proposta da manifestação. "Esse rio não corre para um caminho bom", avalia. "Quero fazer um apelo para esses jovens que despertam para a cidadania, para que as manifestações não sirvam de guarda-chuva para quem não tem apreço à democracia. Porque quem está lá para promover quebra-quebra está contra a democracia, que é nossa maior joia."

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Salvador - Um dia depois do violento confronto entre manifestantes e policiais militares registrados na noite de quinta-feira, 20, em Salvador , a articulação do Movimento do Passe Livre resolveu cancelar a manifestação que estava sendo articulada para este sábado, 22. O protesto ocorreria, mais uma vez, nos arredores da Arena Fonte Nova - que vai receber a partida entre Brasil e Itália, às 16 horas.

Segundo lideranças do movimento, está sendo organizada uma reunião, para o início da semana que vem, para definir as próximas ações. Outros grupos, porém, anunciam manifestações menores na cidade para este sábado, em alguns pontos turísticos de Salvador, como a orla.

O governador Jaques Wagner lamentou a depredação dos protestos da quinta-feira e os confrontos entre PMs e manifestantes, mas defendeu a ação da polícia e prometeu reforçar a segurança na cidade, em especial nos arredores do estádio. "Nossa polícia é altamente experimentada na atuação em grandes eventos, nosso carnaval é muito elogiado, no mundo, por isso", argumentou.

O saldo dos confrontos e dos atos de vandalismo foi de dois policiais e 44 civis feridos, entre eles um homem baleado e uma mulher com uma fratura na perna. Três ônibus foram incendiados, outros três (entre eles dois que serviam à comitiva da Fifa) apedrejados, quatro viaturas da Polícia Civil e dois carros de passeio danificados. Três agências bancárias e cinco lojas tiveram fachadas quebradas - uma delas foi saqueada. Dezenas de equipamentos públicos, como pontos de ônibus, banheiros químicos, telefones públicos, placas de sinalização de trânsito e lixeiras) foram depredados.

Por outro lado, Wagner prometeu investigar "todas as acusações de abuso" por parte da força policial. Vídeos registrados pela população e divulgados na internet mostram, por exemplo, um policial militar atirando para o alto, no meio dos manifestantes, de dentro de um carro do governo do Estado. "Já identificamos o veículo, que estava sendo usado pela PM, e vamos identificar os ocupantes", prometeu.

Pauta

Em seu primeiro pronunciamento após o confronto de quinta-feira, o governador cobrou foco nos protestos, afirmou que os atos violentos "atrapalham a democracia".

Wagner disse que "se empolga" com "o despertar para a cidadania da juventude", lembrou de manifestações das quais participou, quando era estudante e depois de ingressar no sindicalismo, mas cobrou uma pauta de reivindicações dos manifestantes.

"É preciso mostrar claramente quais são as reivindicações, para que possamos ir à mesa negociar", argumentou. "Para ir às ruas, a população precisa ter uma bandeira concreta para pressionar. Acho que o grito dessa manifestação foi 'melhora Brasil'. Esse grito já foi dado. Agora, precisamos das pautas."

Segundo o governador, a violência registrada nos confrontos põe em risco a proposta da manifestação. "Esse rio não corre para um caminho bom", avalia. "Quero fazer um apelo para esses jovens que despertam para a cidadania, para que as manifestações não sirvam de guarda-chuva para quem não tem apreço à democracia. Porque quem está lá para promover quebra-quebra está contra a democracia, que é nossa maior joia."

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