MP move ação contra ex-secretária de Marta Suplicy
Maria Aparecida Perez sofre ação por supostas irregularidades na licitação para construção, em 2004, de 14 prédios que substituiriam escolas de lata
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h20.
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo entrou na Justiça com ação civil pública contra a ex-secretária de Educação Maria Aparecida Perez, na gestão Marta Suplicy (PT), além de nove ex-assessores da Prefeitura e duas construtoras, por irregularidades na licitação para construção, em 2004, de 14 prédios que substituiriam escolas de lata. A promotoria apurou superfaturamento de preços que teria causado prejuízo de pelo menos R$ 6,8 milhões aos cofres públicos.
Para tentar acabar com as escolas de latinha - construções iniciadas em 1997 para tentar sanar a falta de vagas de algumas regiões -, a gestão Marta optou por não realizar uma licitação para essas 14 obras, realizadas nas zonas norte e sul.
As construções foram entregues a duas construtoras: Araguaia e Simioni Viesti, que detinham atas de registro de preços para reforma de pontes e viadutos, mas não para levantar os prédios.
Cinco unidades ficaram por conta da empresa Araguaia e as restantes eram de responsabilidade da Simioni Viosti. As empresas teriam superfaturado, respectivamente, R$ 4,2 milhões e R$ 2,6 milhões.
Os projetos ainda não tinham planta e, em vez de um engenheiro, foi uma psicóloga quem assinou as liberações. Maria Carmen da Silva, que era assessora técnica da Secretaria de Educação, também é citada na ação.
Na execução dos contratos firmados ilegalmente, o MP ainda apurou superfaturamento de preços em todas as obras. "Como se não bastasse, várias escolas sequer foram totalmente construídas e a Prefeitura teve de contratar outras empresas emergencialmente", cita a ação, assinada pelo promotor Silvio Antonio Marques, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.
Prejuízos. A ação pede o bloqueio de bens dos envolvidos e a devolução dos valores pagos "indevidamente" às construtoras. O MP entende que os servidores públicos também devem ser responsáveis por reparar os prejuízos, "por ação ou omissão" no exercício profissional. A Justiça agora vai decidir se acata ação do MP.
A Prefeitura queria acabar com as escolas de lata herdadas da administração Celso Pitta e 2004 era o último ano da gestão de Marta.
A decisão para não realizar a licitação, adotando as atas de registro já existentes, foi debatida em um grupo de trabalho constituído por assessores da Prefeitura.
A conclusão do grupo em favor da não realização da licitação foi levada à secretária Maria Aparecida Perez, que a acatou - apesar de advertência da Secretaria de Coordenação de Subprefeituras, para a qual as atas haviam sido definidas.
A construtora Araguaia informou que só se manifestaria após conhecer a ação. A reportagem também procurou a construtora Simioni Viesti, mas representante da empresa não respondeu ao e-mail encaminhado. As empresas não têm mais contratos com a Prefeitura. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo entrou na Justiça com ação civil pública contra a ex-secretária de Educação Maria Aparecida Perez, na gestão Marta Suplicy (PT), além de nove ex-assessores da Prefeitura e duas construtoras, por irregularidades na licitação para construção, em 2004, de 14 prédios que substituiriam escolas de lata. A promotoria apurou superfaturamento de preços que teria causado prejuízo de pelo menos R$ 6,8 milhões aos cofres públicos.
Para tentar acabar com as escolas de latinha - construções iniciadas em 1997 para tentar sanar a falta de vagas de algumas regiões -, a gestão Marta optou por não realizar uma licitação para essas 14 obras, realizadas nas zonas norte e sul.
As construções foram entregues a duas construtoras: Araguaia e Simioni Viesti, que detinham atas de registro de preços para reforma de pontes e viadutos, mas não para levantar os prédios.
Cinco unidades ficaram por conta da empresa Araguaia e as restantes eram de responsabilidade da Simioni Viosti. As empresas teriam superfaturado, respectivamente, R$ 4,2 milhões e R$ 2,6 milhões.
Os projetos ainda não tinham planta e, em vez de um engenheiro, foi uma psicóloga quem assinou as liberações. Maria Carmen da Silva, que era assessora técnica da Secretaria de Educação, também é citada na ação.
Na execução dos contratos firmados ilegalmente, o MP ainda apurou superfaturamento de preços em todas as obras. "Como se não bastasse, várias escolas sequer foram totalmente construídas e a Prefeitura teve de contratar outras empresas emergencialmente", cita a ação, assinada pelo promotor Silvio Antonio Marques, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.
Prejuízos. A ação pede o bloqueio de bens dos envolvidos e a devolução dos valores pagos "indevidamente" às construtoras. O MP entende que os servidores públicos também devem ser responsáveis por reparar os prejuízos, "por ação ou omissão" no exercício profissional. A Justiça agora vai decidir se acata ação do MP.
A Prefeitura queria acabar com as escolas de lata herdadas da administração Celso Pitta e 2004 era o último ano da gestão de Marta.
A decisão para não realizar a licitação, adotando as atas de registro já existentes, foi debatida em um grupo de trabalho constituído por assessores da Prefeitura.
A conclusão do grupo em favor da não realização da licitação foi levada à secretária Maria Aparecida Perez, que a acatou - apesar de advertência da Secretaria de Coordenação de Subprefeituras, para a qual as atas haviam sido definidas.
A construtora Araguaia informou que só se manifestaria após conhecer a ação. A reportagem também procurou a construtora Simioni Viesti, mas representante da empresa não respondeu ao e-mail encaminhado. As empresas não têm mais contratos com a Prefeitura. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.