Flordelis: a ex-deputada perdeu a imunidade parlamentar após a Câmara cassar seu mandato por quebra de decoro (Agência Câmara/Agência Câmara)
Da redação, com agências
Publicado em 13 de agosto de 2021 às 17h06.
Última atualização em 13 de agosto de 2021 às 17h07.
O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro pediu nesta sexta-feira, 13, a prisão preventiva da ex-deputada federal Flordelis.
Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em 16 de junho de 2019, na porta da casa onde os dois viviam com os filhos, em Niterói (RJ). O casal havia conquistado notoriedade por ter criado 55 filhos, a maioria adotada.
A investigação durou mais de um ano e os responsáveis pelo inquérito concluíram que a parlamentar "foi a autora intelectual a grande cabeça desse crime". Ela, que sempre negou ser a mandante do crime, é ré na Justiça e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Ela tem sido monitorada por tornozeleira eletrônica desde o ano passado.
“Com a perda do mandato de parlamentar, a situação jurídica da ré deve ser revista, para sanar a desproporcionalidade que havia entre as medidas cautelares impostas e os fatos imputados e as condutas que a ré praticou para interferir na instrução e se furtar no momento da aplicação da lei penal”, aponta o pedido de prisão encaminhado à 3ª Vara Criminal de Niterói.
Na última quarta-feira, 11, Flordelis perdeu a imunidade parlamentar após a Câmara dos Deputados cassar seu mandato por quebra de decoro. Foram 437 votos favoráveis, 7 contrários e 12 abstenções. Além de perder o cargo, a ela ficará inelegível por determinação da Lei da Ficha Limpa.
Advogados que representam a família do pastor Anderson entraram na justiça do Rio de Janeiro com pedido de prisão de Flordelis logo depois que ela perdeu o mandato.