Exame Logo

MP devolve à Câmara inquérito de fraude na votação de vetos

O MPF dá prazo de 60 dias para que a autoridade policial legislativa faça as diligências necessárias para a apuração do ocorrido

Plenário da Câmara dos Deputados; no documento, o Ministério Público determina que sejam feitas as investigações para que o órgão forme opinião sobre o caso (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 19h35.

Brasília – O Ministério Público Federal (MPF) devolveu hoje (13) à Câmara dos Deputados o inquérito policial legislativo que investiga a fraude na votação dos vetos presidenciais ao projeto de lei que tratou da distribuição dos royalties do petróleo. O MPF dá prazo de 60 dias para que a autoridade policial legislativa faça as diligências necessárias para a apuração do ocorrido.

A fraude investigada foi na lista de votação da sessão do dia 6 de março deste ano, na qual aparece a assinatura que seria do deputado Zoinho (PR-RJ), que estava viajando naquela data.

O deputado chegou a apresentar bilhetes aéreos comprovando que tinha ido para o Rio de Janeiro e que, portanto, não assinou a lista, nem votou na sessão em que foram derrubados os vetos presidenciais.

No documento, o Ministério Público determina que sejam feitas as investigações para que o órgão forme opinião sobre o caso. Para isso, o MPF quer que a Polícia Legislativa ouça os servidores responsáveis pela rubrica nas listas de votação, em especial, a da Folha 92, para esclarecer o procedimento de acesso e o porquê da assinatura.

O MPF também requer informações sobre acesso à lista de assinatura e quer saber se havia servidores acompanhando esse processo, bem como a votação propriamente dita, com a identificação desses funcionários, se for o caso. O Ministério Público quer saber também se a lista era assinada antes da votação, e onde se armazenavam as listas e quais os servidores responsáveis.

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também se manifestou sobre o episódio, em nota oficial, confirmando que a sessão de 6 de março não será anulada. “A sessão continua válida, já que o voto mencionado não interferiu no resultado da votação. A urna onde foi depositado o voto do referido deputado [Zoinho] continha 39 votantes. Ainda que toda a urna fosse anulada, seria insuficiente para alterar o resultado final.”

Renan disse que espera contar com o Ministério Público e a Polícia Federal para aprofundar as investigações e analisar todas as hipóteses. “Em qualquer inquérito ou investigação, a primeira pergunta a ser respondida é 'a quem interessa o crime?'. Infelizmente, a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados não conseguiu responder a esta crucial indagação.”

Ele informou que o Congresso vai disponibilizar tudo que for necessário ao Ministério Público e à Polícia Federal para elucidar a fraude e identificar o autor. “As autoridades agora envolvidas no desdobramento da investigação precisam, prioritariamente, identificar e apontar o autor do delito, a fim de afastar a principal suspeita: a de fraude intencional com objetivo de anular a sessão.”

Veja também

Brasília – O Ministério Público Federal (MPF) devolveu hoje (13) à Câmara dos Deputados o inquérito policial legislativo que investiga a fraude na votação dos vetos presidenciais ao projeto de lei que tratou da distribuição dos royalties do petróleo. O MPF dá prazo de 60 dias para que a autoridade policial legislativa faça as diligências necessárias para a apuração do ocorrido.

A fraude investigada foi na lista de votação da sessão do dia 6 de março deste ano, na qual aparece a assinatura que seria do deputado Zoinho (PR-RJ), que estava viajando naquela data.

O deputado chegou a apresentar bilhetes aéreos comprovando que tinha ido para o Rio de Janeiro e que, portanto, não assinou a lista, nem votou na sessão em que foram derrubados os vetos presidenciais.

No documento, o Ministério Público determina que sejam feitas as investigações para que o órgão forme opinião sobre o caso. Para isso, o MPF quer que a Polícia Legislativa ouça os servidores responsáveis pela rubrica nas listas de votação, em especial, a da Folha 92, para esclarecer o procedimento de acesso e o porquê da assinatura.

O MPF também requer informações sobre acesso à lista de assinatura e quer saber se havia servidores acompanhando esse processo, bem como a votação propriamente dita, com a identificação desses funcionários, se for o caso. O Ministério Público quer saber também se a lista era assinada antes da votação, e onde se armazenavam as listas e quais os servidores responsáveis.

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também se manifestou sobre o episódio, em nota oficial, confirmando que a sessão de 6 de março não será anulada. “A sessão continua válida, já que o voto mencionado não interferiu no resultado da votação. A urna onde foi depositado o voto do referido deputado [Zoinho] continha 39 votantes. Ainda que toda a urna fosse anulada, seria insuficiente para alterar o resultado final.”

Renan disse que espera contar com o Ministério Público e a Polícia Federal para aprofundar as investigações e analisar todas as hipóteses. “Em qualquer inquérito ou investigação, a primeira pergunta a ser respondida é 'a quem interessa o crime?'. Infelizmente, a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados não conseguiu responder a esta crucial indagação.”

Ele informou que o Congresso vai disponibilizar tudo que for necessário ao Ministério Público e à Polícia Federal para elucidar a fraude e identificar o autor. “As autoridades agora envolvidas no desdobramento da investigação precisam, prioritariamente, identificar e apontar o autor do delito, a fim de afastar a principal suspeita: a de fraude intencional com objetivo de anular a sessão.”

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosFraudesLegislaçãoMinistério PúblicoPolítica no Brasil

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame