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MP condena 4 pessoas em Goiás por tráfico de menores

A quadrilha atuava há 12 anos e os envolvidos responderão por falsidade ideológica, tráfico internacional de crianças entre outros crimes

As investigações constataram que os suspeitos começaram a atuar em 2000, com a criação da empresa de turismo SWR, em Goiânia (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 14h27.

São Paulo - O Ministério Público Federal condenou quatro pessoas na manhã desta sexta-feira por tráfico internacional de menores e envio ilegal de migrantes para os Estados Unidos. Entre os envolvidos, de acordo com o Ministério Público de Goiás, está Sérgio Pereira Nunes, ex-presidente da Câmara Municipal de Guapó.

A quadrilha atuava há 12 anos e, segundo o MP, os envolvidos Sérgio Pereira Nunes e o advogado, José Castilho de Oliveira, irão responder pelos crimes de falsidade ideológica, tráfico internacional de crianças, falsificação de documentos públicos (passaportes), cárcere privado e formação de quadrilha. Os outros suspeitos detidos, Williamar Cardoso de Faria e Iris Domingues Bezerra, responderão por formação de quadrilha.

O grupo agia por meio da Agência de Turismo SWR, onde ocorriam a obtenção, a montagem e a adulteração de documentos e vistos para a introdução de brasileiros nos EUA, conforme o MP. Além da falsificação de documentos, a investigação revelou que os sentenciados eram responsáveis por organizar travessia ilegal de brasileiros para os EUA, a partir do México. As vítimas do esquema montado pelo grupo foram privadas de suas liberdades e mantidas em cativeiro, segundo o MP. Em alguns casos, as pessoas chegaram a ser obrigadas a pagar a quantia de R$ 4 mil para a liberação.

As investigações constataram que os suspeitos começaram a atuar em 2000, com a criação da empresa de turismo SWR, em Goiânia. Cada integrante da quadrilha tinha uma função no esquema. Pereira Nunes, identificado pelo MP como líder da quadrilha, era apoiado pelo advogado Oliveira, braço jurídico do grupo, responsável por encobrir os delitos. Iris Bezerra servia como "coiote", conduzindo brasileiros durante a irregular travessia aos EUA, e auxiliava na cobrança de dívidas.

O MP apurou ainda que o advogado, com apoio do ex-presidente da Câmara de Guapó, chegou a se passar por pai das crianças para facilitar a liberação de vistos e suas entradas nos EUA. A adulteração de vistos e de passaportes também foi revelada pela ação penal apresentada pelo Ministério Público Federal e acolhida pela Justiça Federal.

"No contrabando de migrantes, a partir da cooptação de pessoas para ingresso em território estrangeiro, além da prática comum de falsificação de documentos, a vida e a segurança de brasileiros são constantemente colocadas em risco, tudo na tentativa cada vez mais perigosa de burlar o controle das fronteiras", diz o procurador da República, Daniel de Resende Salgado, responsável pelo caso.

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A quadrilha atuava há 12 anos e, segundo o MP, os envolvidos Sérgio Pereira Nunes e o advogado, José Castilho de Oliveira, irão responder pelos crimes de falsidade ideológica, tráfico internacional de crianças, falsificação de documentos públicos (passaportes), cárcere privado e formação de quadrilha. Os outros suspeitos detidos, Williamar Cardoso de Faria e Iris Domingues Bezerra, responderão por formação de quadrilha.

O grupo agia por meio da Agência de Turismo SWR, onde ocorriam a obtenção, a montagem e a adulteração de documentos e vistos para a introdução de brasileiros nos EUA, conforme o MP. Além da falsificação de documentos, a investigação revelou que os sentenciados eram responsáveis por organizar travessia ilegal de brasileiros para os EUA, a partir do México. As vítimas do esquema montado pelo grupo foram privadas de suas liberdades e mantidas em cativeiro, segundo o MP. Em alguns casos, as pessoas chegaram a ser obrigadas a pagar a quantia de R$ 4 mil para a liberação.

As investigações constataram que os suspeitos começaram a atuar em 2000, com a criação da empresa de turismo SWR, em Goiânia. Cada integrante da quadrilha tinha uma função no esquema. Pereira Nunes, identificado pelo MP como líder da quadrilha, era apoiado pelo advogado Oliveira, braço jurídico do grupo, responsável por encobrir os delitos. Iris Bezerra servia como "coiote", conduzindo brasileiros durante a irregular travessia aos EUA, e auxiliava na cobrança de dívidas.

O MP apurou ainda que o advogado, com apoio do ex-presidente da Câmara de Guapó, chegou a se passar por pai das crianças para facilitar a liberação de vistos e suas entradas nos EUA. A adulteração de vistos e de passaportes também foi revelada pela ação penal apresentada pelo Ministério Público Federal e acolhida pela Justiça Federal.

"No contrabando de migrantes, a partir da cooptação de pessoas para ingresso em território estrangeiro, além da prática comum de falsificação de documentos, a vida e a segurança de brasileiros são constantemente colocadas em risco, tudo na tentativa cada vez mais perigosa de burlar o controle das fronteiras", diz o procurador da República, Daniel de Resende Salgado, responsável pelo caso.

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