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Movimentos sociais fazem ato em defesa da Petrobras em SP

Os petroleiros querem chamar a atenção da população para o que consideram "desmonte da empresa" e abertura da exploração do pré-sal para empresas privadas


	Protesto: os petroleiros querem chamar a atenção da população para o que consideram "desmonte da empresa" e abertura da exploração do pré-sal para empresas privadas
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Protesto: os petroleiros querem chamar a atenção da população para o que consideram "desmonte da empresa" e abertura da exploração do pré-sal para empresas privadas (Rovena Rosa/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 14h25.

São Paulo - A Frente Brasil Popular, centrais sindicais e o Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo fizeram hoje (24) um ato em frente ao prédio da Petrobras na Avenida Paulista, região central da cidade, em defesa da Petrobras e do pré-sal.

Os petroleiros querem chamar a atenção da população para o que consideram "desmonte da empresa" e abertura da exploração do pré-sal  para empresas privadas e internacionais.

“Está havendo um desmonte da Petrobras. A nomeação de Pedro Parente para a presidência [da empresa] e a contratação de Nelson Luiz Costa Silva para pensar a estratégia são sinais claros de entrega. Precisamos fazer isso chegar à população”, disse a coordenadora geral do sindicato, Cibele Vieira.

A coordenadora afirmou que a maioria da sociedade "subestima" o pré-sal, achando que é apenas uma "riqueza pequena" no fundo do mar. “O pré-sal nos coloca entre os quatro maiores produtores de petróleo do mundo e poderemos chegar ao lugar de maior produtor.

É muita coisa. O mundo todo está estatizando as reservas de petróleo, porque esse  é um bem estratégico. Então, as empresas privadas não têm mais para onde ir, por isso estão vindo com tudo na maior descoberta mundial, que é o pré-sal”, afirmou.

A coordenadora destaca que a lei atual determina que uma parte dos recursos oriundos do pré-sal seja reservado para o financiamento de programas sociais, saúde e educação.

“Aí, eles vêm e colocam um teto para o gasto público, inclusive exigindo isso dos estados. Ou seja, já cortaram novos investimentos, benefícios, salários de servidores e proteção social, nesse momento de crise. E alegam que é porque não há dinheiro. Então, como querem entregar pré-sal para as multinacionais? Não faz sentido”.

Segundo o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil de São Paulo (CTB São Paulo) e um dos coordenadores da Frente Brasil Popular, Onofre Gonçalves, a Petrobras e o pré-sal estão ameaçados pelo projeto de lei aprovado no Senado em fevereiro, que desobriga a Petrobras de ser operadora única e ter participação de 30% na exploração.

O texto, de autoria do então senador José Serra, agora ministro de Relações Exteriores, já foi encaminhado à Câmara dos Deputados.

“Parece que o governo está priorizando uma votação na Câmara para aprovar esse projeto. Estamos muito preocupados com isso, porque pensamos que a Petrobras é o maior patrimônio brasileiro, maior empresa, que emprega milhares de trabalhadores, e que defende, de fato, o investimento no nosso país. Não podemos aceitar uma proposta dessas, que vai tirar recursos dos programas sociais”, disse.

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