Protestos contra Temer: "Isso é um retrocesso, já que as pautas colocadas pelo governo interino não representam os anseios populares” (Nacho Doce / Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2016 às 20h07.
No Campo Grande, centro de Salvador, integrantes de movimentos sociais fizeram hoje (19) um ato contrário ao governo do presidente interino Michel Temer.
Manifestantes do Coletivo Ocupa MinC, que ocuparam o escritório do Ministério da Cultura na capital baiana em protesto contra a fusão dos ministérios da Cultura e Educação, participaram do evento
"Estamos mobilizados e mantemos uma agenda cultural na sede do MinC para dizer que a questão não é somente a extinção do ministério, mas as ações deste governo”, declarou a atriz Amanda Rosa.
Como representante de movimentos sociais, o jornalista Eduardo Machado, do Fórum Nacional de Juventude Negra, também participou do ato.
“A proposta é a gente ir para as ruas, ocupar os espaços das ruas, para denunciar esse golpe. É lamentável essa conjuntura atual na qual a gente vive. A gente, enquanto movimento negro, percebe que todos os avanços da pauta governamental estão caindo, como a perda de ministérios importantes, como a Secretaria de Direitos Humanos, e de igualdade racial. Isso é um retrocesso, já que as pautas colocadas pelo governo interino não representam os anseios populares”, disse.
Durante o ato, foram feitas apresentações e intervenções artísticas, além de colagem de cartazes e faixas. Uma peça teatral sobre medidas tomadas por Temer também foi apresentada.
O militante Walter Takemoto, da Frente Povo sem Medo Bahia, disse que manifestação tem como foco “Fora Temer, porque não reconhecemos as votações que ocorreram no processo de impeachment contra a presidenta Dilma".
Estudantes e profissionais da área de saúde levaram faixas e cartazes contra possíveis cortes no Sistema Único de Saúde (SUS).
No último dia 17, o novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que vai buscar, junto à equipe econômica a aplicação do que foi previsto para o setor no Orçamento 2016.
Houve, segundo ele, um corte de R$ 5,5 bilhões no setor, feito pelo governo da presidenta afastada Dilma Rousseff.