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Movimentos sociais convocam manifestações contra a Previdência

Atos em todo o país estão marcados para esta sexta-feira. Minoria parlamentar prevê aprovação do texto sem alterações

Protesto em São Paulo: estabelecimento de idade mínima para aposentadoria é um dos pontos criticados por centrais sindicais (Exame)
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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2019 às 06h36.

Última atualização em 22 de março de 2019 às 06h49.

Menos de três dias após o governo de Jair Bolsonaro ter apresentado o texto da previdência militar ao Congresso, ponto que faltava para a tramitação da reforma geral começar a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), movimentos sociais e entidades sindicais devem ir às ruas contra as mudanças nas regras para aposentadoria. Nesta sexta-feira, 22, manifestações contrárias ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC) estão marcadas para várias cidades do país, demandando alterações ao texto original que está na câmara e no Senado desde o último dia 20 de fevereiro.

Ontem, um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que a base do governo ainda não tem quórum para aprovar o texto do modo como ele se encontra. O jornal entrevistou 501 deputados, o que representa 97,6% do total da câmara, e descobriu que, do total, apenas 61 parlamentares estão dispostos a aprovar a reforma sem alterações.

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Esta semana, durante a cerimônia de posse do novo presidente do Banco Central, o ministro da economia e braço direito do presidente, Paulo Guedes , ameaçou abandonar o governo caso a reforma seja “desidratada”. Guedes disse que“Estamos num sistema (previdenciário) de repartição que quebrou. Faliu antes de a população envelhecer. Vocês querem trazer seus filhos para isso?”, afirmou. “Se der acima de 1 trilhão de reais, eu digo que estamos numa geração de pessoas responsáveis e têm a coragem de assumir o compromisso de libertar filhos e netos de uma maldição previdenciária. Se botarem menos, eu vou dizer assim: ‘Eu vou sair daqui rápido, porque esse pessoal não é confiável. Não ajudam nem os filhos; então, o que será que vão fazer comigo?”.

Ainda segundo o levantamento feito pelo Estadão, 180 deputados se mostraram favoráveis à reforma caso hajam alterações no texto. Para que a PEC seja aprovada, entretanto, são necessários, no mínimo, 308 votos dos 513 parlamentares.

Nesta sexta-feira, a “grande mobilização nacional” é liderada por entidades como a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. Dentre os principais pontos criticados pelos movimentos sociais está o estabelecimento de uma idade mínima como única forma de se aposentar. A proposta prevê que a idade base para se aposentar fica em 62 anos para homens e 65 para mulheres. Além disso, a aposentadoria rural e o benefício de prestação continuada regime de capitalização são altamente questionados.

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