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Mourão: Pazuello tem direito de ficar em silêncio porque é 'investigado'

Vice-presidente ressaltou que ex-ministro é alvo de inquérito e não viu 'medo' no pedido de habeas corpus

(Adriano Machado/Reuters)
AO

Agência O Globo

Publicado em 14 de maio de 2021 às 11h37.

Última atualização em 14 de maio de 2021 às 11h39.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello tem direito a ficar em silêncio em seu depoimento na CPI da Covid porque ele "já é investigado". Pazuello foi convocado para a CPI na condição de testemunha, mas Mourão ressaltou que o ex-ministro é investigado em um inquérito por sua atuação no colapso do sistema de saúde do Amazonas.

— Aquela história, tudo é possível acontecer dentro daquela CPI ali. A forma como foi conduzido interrogatório. Considero que no final das contas o Pazuello já é investigado, tem um inquérito que a Polícia Federal está tocando aí em relação ao caso de Manaus. Então, na realidade, ele não é testemunha, ele é réu nisso ai. E réu tem direito a ficar em silêncio — disse Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto.

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Na quinta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo autorização para Pazuello ficar em silêncio durante seu depoimento, marcado para o dia 19. O pedido será analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Mourão disse não ver "medo" na atitude do ex-ministro:

— Não, não vejo medo. Não vejo medo.

Na semana passada, o vice-presidente havia dito que Pazuello "não pode se furtar a comparecer e prestar lá seu depoimento".

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