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Mourão: não votar Orçamento de 2021 este ano pode afetar rating do Brasil

Economistas afirmam que agências de rating realmente já estão de olho em como o Brasil está lidando com suas questões fiscais

Vice-presidente Hamilton Mourão (Ueslei Marcelino/Reuters)

Vice-presidente Hamilton Mourão (Ueslei Marcelino/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 13h45.

Última atualização em 9 de novembro de 2020 às 13h49.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira que tudo indica que o Congresso não vai votar o Orçamento de 2021 ainda este ano e isso poderá afetar o rating do Brasil nas agências de classificação de risco.

Em uma live organizada pelo banco Itaú, Mourão disse ainda que não existe planos por parte do governo de prorrogar a situação de emergência no país, que permitiria a continuidade de programas como o auxílio emergencial, porque isso obrigaria a um aumento da dívida e a deterioração da situação fiscal.

Na mesma linha, Mourão afirmou não ver outra solução para a criação de um programa de renda mínima que não seja aumentar programas existentes, como o Bolsa Família, e retirar recursos de outros programas, e que não existe solução simples para um novo programa de renda mínima, como o governo tinha planejado inicialmente.

No início de outubro, o programa Questão Macro, no YouTube da Exame Research, já discutia as possível implicações de uma não aprovação do orçamento do ano que vem ainda em 2020. Na live, transmitia todas às quartas às 13h30, o economista Álvaro Frasson lembrou ainda que o Brasil tem dívidas que vencem em Abril e que, caso sejam roladas, devem prejudicar a imagem do país.

Se já começarmos o ano com uma previsão de estouro do teto, o mercado não deve gostar. Não só o orçamento, mas a própria morosidade da política brasileira já preocupa as agências de rating, que estão de olho em como o Brasil vai lidar com essa questão.

Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual Digital, no programa Questão Macro
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