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Mourão diz que tentativa de Guaidó de depor Maduro não foi a melhor

Nesta quinta, Nicolás Maduro pediu que Forças Armadas lutem contra “qualquer golpista”

Hamilton Mourão: "Olha, eu não estou no sapato dele. Eu não sei quais os dados que ele tinha para tomar a decisão que ele tomou. A gente especula" (Luisa Gonzalez/Reuters)

Hamilton Mourão: "Olha, eu não estou no sapato dele. Eu não sei quais os dados que ele tinha para tomar a decisão que ele tomou. A gente especula" (Luisa Gonzalez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2019 às 14h54.

Brasília — O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quinta-feira, 2, que, olhando agora, a decisão do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, de iniciar uma tentativa de depor o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na terça-feira, não foi a melhor.

Na manhã de terça-feira, Guaidó disse ter o apoio de militares para depor Maduro, mas autoridades do primeiro escalão das Forças Armadas declararam lealdade a Maduro, e confrontos entre apoiadores e opositores ocorreram em várias partes do país.

"Olha, eu não estou no sapato dele. Eu não sei quais os dados que ele tinha para tomar a decisão que ele tomou. A gente especula. Não sei se ele estava com medo de ser preso ou se alguns elementos das Forças Armadas tinham prometido determinados apoios", disse Mourão a jornalistas ao ser indagado se Guaidó teria se precipitado ao dar largada à tentativa de depor Maduro.

"Olhando agora, a gente julga que não foi a melhor. É o processo que está acontecendo lá na Venezuela", acrescentou.

Mourão disse que o governo do presidente Jair Bolsonaro está aguardando os acontecimentos na Venezuela e disse que, por ora, o único plano do Brasil é garantir o abastecimento às usinas termelétricas que abastecem Roraima, já que com a crise na Venezuela o Estado, que não é ligado ao sistema brasileiro de energia elétrica, deixou de receber energia do país vizinho.

 Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira, 2, às Forças Armadas que lutem contra “qualquer golpista”, após uma tentativa de derrubada do poder fracassada liderada pelo líder da oposição Juan Guaidó.

“Sim, estamos em combate, moral máxima nessa luta para desarmar qualquer traidor, qualquer golpista”, disse Maduro em ato com milhares de soldados, transmitidos de maneira obrigatória por todas as estações de rádio e televisão, em que o alto-comando militar reiterou sua lealdade.

Repetindo o slogan “sempre leal, traidores nunca”, o presidente assinalou que não deve haver medo frente a obrigação de desarmar as conspirações da oposição e os Estados Unidos.

“A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) deve se mostrar cada vez mais subordinada ao comando, cada vez mais obediente, disciplinada (…), cada vez mais socialista, anti-imperialista, cada vez mais chavista”, disse o presidente para centenas de oficiais em Caracas.

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