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Mourão defende que Congresso suspenda recesso para votar PEC Emergencial

Medida prevê ajuste fiscal para abrir espaço para gastos, inclusive novo programa social. Vice também alerta para votação do Orçamento

Hamilton Mourão: normalmente, o Orçamento é votado até dezembro, mas a pandemia e a disputa pela sucessão no comando do Congresso atrasaram o processo em 2020 (Adriano Machado/Reuters)
AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de dezembro de 2020 às 17h13.

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta segunda-feira que o Congresso suspenda o recesso de fim de ano. Segundo Mourão, é importante votar, entre outras medidas, a proposta de emenda à Constituição ( PEC ) Emergencial, que autoriza medidas de ajuste fiscal.

"O que eu vejo, como não está o Orçamento votado, seria importante que o Congresso suspendesse o recesso, não só para votar o Orçamento, mas eu acho importante que se votasse a PEC Emergencial, que vai permitir que a gente consiga passar o ano de 2021 sem maiores problemas", disse o vice-presidente a jornalistas, conforme a Globonews.

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O Legislativo entra em recesso nesta terça-feira e segue sem atividades até o início de fevereiro, para quando estão previstas eleições para novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

No início de dezembro, o relator da PEC Emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC), chegou a tentar pautar a votação da medida, considera importante para reduzir despesas obrigatórias e abrir espaço no Orçamento de 2021 para outras medidas, inclusive programas sociais.

A tentativa, no entanto, não foi à frente após um trecho do texto abrir brecha para flexibilização do teto de gastos. Além disso, o relatório foi considerado enxuto demais e com impacto fiscal limitado. Não constava da proposta, por exemplo, a possibilidade de redução de jornada e salários de servidores públicos, prevista no texto original elaborado pelo governo.

O Orçamento é outra pendência para resolver a questão das contas públicas no ano que vem. Na semana passada, o Congresso aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que dá as bases para como o dinheiro público será gasto a partir de janeiro. A aprovação evitou um "apagão" nas contas públicas ao prever um mecanismo provisório para autorizar despesas como pagamento de funcionários e repasses de benefícios.

Ainda é necessário, no entanto, votar a proposta orçamentária propriamente dita, que especifica como o governo federal distribuirá os recursos previstos para o ano. Normalmente, o Orçamento é votado até dezembro, mas a pandemia e a disputa pela sucessão no comando do Congresso atrasaram o processo em 2020.

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