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Motoristas ainda enfrentam filas para abastecer no Rio

Funcionários do posto que organizavam as filas informaram que carregamento de cinco mil a 10 mil litros de gasolina havia chegado pela manhã

Fila: por volta de 10h30, a fila para abastecer no posto Ipiranga, próximo à Estação São Cristóvão, chegava a aproximadamente 300 carros (Tânia Rego/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de maio de 2018 às 13h18.

Última atualização em 28 de maio de 2018 às 13h25.

Nas primeiras horas da manhã de hoje (28), uma fila quilométrica se formou em posto de combustível de São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, com centenas de motoristas e motociclistas na esperança de conseguir abastecer o veículo, em meio à crise causada pela greve dos caminhoneiros , que entrou na segunda semana.

Funcionários do posto organizavam as filas, dando prioridade às motos da Guarda Municipal e informaram que um carregamento de cinco mil a 10 mil litros de gasolina havia chegado no início da manhã, depois do estoque ter acabado completamente na última quinta-feira (24).

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O professor universitário Daniel de Almeida Baltazar esperou cerca de duas horas para abastecer. Com a gasolina já na reserva, disse que as aulas foram suspensas hoje na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Seropédica, na região metropolitana, distante 50 quilômetros da capital.

Segundo ele, os motoristas amigos se organizaram pelas redes sociais para passar informação sobre onde abastecer. "Faço parte de um grupo no WhatsApp e informaram que tinha gasolina aqui, As pessoas já estão se organizando nos grupos para passar as informações. Já disseram que tem gasolina também em Olaria."

Apesar do transtorno, o professor apoia o movimento dos caminhoneiros. "Acho extremamente justo, já que o governo e as concessionárias estão fazendo o que querem. Então, ou alguém que tenha força toma partido e faz alguma coisa ou a gente fica refém desse governo e das concessionárias que administram as estradas. O transtorno está sendo necessário, é ruim pra mim, pra todo mundo, mas ou isso vai continuar assim ou alguém toma posição."

O motoboy Alan Fabrício de Araújo ficou uma hora e meia na fila. Ele disse que ficou sem gasolina no fim de semana e teve prejuízo de R$ 600 pelos dois dias parados. "Cheguei a colocar até combustível que não era apropriado. Tenho filhos, eles estão precisando das coisas básicas, como alimentação, que já está fazendo falta. Hoje saí pra trabalhar e passei aqui na hora que abriu, a fila já estava enorme".

Por volta de 10h30, a fila para abastecer no posto Ipiranga, próximo à Estação São Cristóvão, do metrô e do trem, chegava quase à estação Maracanã, distante 1,5 quilômetro, pelas ruas General Herculano Gomes e Francisco Eugênio, o que dá uma fila de aproximadamente 300 carros. A fila de motos chegava à metade da distância, com cerca de 350 veículos. Uma carga de 5 mil litros é o suficiente para abastecer 125 carros com 40 litros ou 330 motos com 15 litros, segundo os frentistas.

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