Motoboys: a manifestação começou na frente da sede empresa (Germano Lüders/EXAME.com/Site Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de agosto de 2017 às 19h29.
São Paulo - Cerca de 500 motoboys se uniram na tarde desta sexta-feira, 4, em São Paulo, para protestar contra a redução no preço mínimo pago pelas viagens e para pedir vínculo empregatício com a empresa Loggi, um tipo de "Uber" dos mototaxistas.
No último dia 1º, a empresa alterou o valor mínimo pago pelos clientes pelos fretes de R$ 22,90 para R$ 14,90, a variar conforme a distância.
A manifestação começou na frente da sede empresa, em Barueri, logo depois do almoço. Por volta das 15h, eles ocupavam o sentido Consolação da Avenida Paulista, na altura da Fiesp, liberando apenas a passagem de ônibus.
Às 16h30, estavam próximos da Avenida Faria Lima, sentido bairros, na altura da Avenida Brasil. O destino era, novamente, a sede da empresa.
A Polícia Militar e a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) acompanharam os manifestantes.
A mudança no valor mínimo revoltou os motofretistas, que também solicitam vínculo empregatício.
Em nota, a Loggi informou que a mudança "busca tornar a tabela de preços mais coerente com a realidade do mercado para clientes e motofretistas". Segundo a companhia, a alteração deve aumentar em 30% o volume de fretes.
A empresa diz apoiar a regulamentação dos aplicativos de entregas expressas e afirmou já ter feito um pedido no Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV) para atender a essa demanda.
A Loggi funciona como um aplicativo na intermediação do motociclista que fará o frete e os clientes. Quem estiver mais próximo do endereço da entrega é acionado para fazê-lo, como ocorre em aplicativos de transporte individual como o Uber.
Os novos preços valem também no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.