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Mortes provocadas pela dengue caem 80% no início do ano

O número de mortes provocadas pela doença caiu durante os quatro primeiros meses do ano, passando de 374 em 2011 para 74 em 2012

Ao todo, 286.011 casos de dengue foram notificados em todo o país entre janeiro e abril deste ano (James Gathany/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 13h11.

Brasília - Pesquisa divulgada hoje (17) pelo Ministério da Saúde revela uma queda de 87% no número de casos graves de dengue registrados no país nos quatro primeiros meses do ano – foram 8.630 em 2011 contra 1.083 em 2012.

De acordo com o estudo, o número de mortes provocadas pela doença também caiu durante o mesmo período, passando de 374 em 2011 para 74 em 2012. Houve redução de 80%.

Ao todo, 286.011 casos de dengue foram notificados em todo o país entre janeiro e abril deste ano, o que representa uma queda de 44% em relação ao total registrado nos quatro primeiros meses de 2011 (507.798 casos).

O levantamento mostra que dez estados concentram 81,6% dos casos notificados em 2012 – Rio de Janeiro (80.160), Bahia (28.154) e Pernambuco (27.393) lideram o ranking. Já os municípios com o maior número de casos são Rio de Janeiro (64.675), Fortaleza (10.156) e Recife (6.343).

Considerando a incidência da dengue (proporção de caso para cada 100 mil habitantes), as três cidades com as maiores taxas no país são Palmas (2.494,7), Itabuna (1.445,3) e Rio de Janeiro (1.045,4).

O estudo mostra que todos os quatro tipos de dengue permanecem em circulação no país, sendo que, nos quatro primeiros meses deste ano, os tipos 1 e 4 foram os mais comuns, com 59,3% e 36,4% de um total de 2.098 amostras positivas.

A distribuição dos subtipos, entretanto, apresenta variações de acordo com a localidade. No Norte, houve predominância do tipo 4 (85,5%). Nas regiões Sul (83,8%) e na Nordeste (81,5%). Já no Centro-Oeste, a circulação desse tipo de vírus ficou em 53,3% e no Sudeste, 49,7%.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que o verão constitui o período em que ocorre mais transmissão de dengue no Brasil. Segundo ele, 95% dos casos da doença são registrados no primeiro semestre do ano.

“Foi anunciado, no ano passado, que uma das nossas prioridades era reduzir os casos graves e os óbitos. Uma série de medidas foi adotada”, disse, ao citar o repasse de R$ 92 milhões para 1.158 municípios como adicional de 20% aos recursos regulares. “A gente vê que isso tem impacto”, completou.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a estratégia de combate à dengue por meio do controle do mosquito é ultrapassada. Segundo ele, o novo enfoque da pasta está na integração de ações de cuidado à saúde, como redução do tempo de espera para diagnóstico e início do tratamento.

“Essa tendência [de queda dos números] não pode ser justificativa para retirarmos a frota de campo. Ela só reforça a necessidade de continuarmos com as ações”, ressaltou. Segundo Padilha, o Brasil vai manter os investimentos também na criação de uma vacina contra a dengue. Atualmente, três estudos estão em andamento no país.

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Brasília - Pesquisa divulgada hoje (17) pelo Ministério da Saúde revela uma queda de 87% no número de casos graves de dengue registrados no país nos quatro primeiros meses do ano – foram 8.630 em 2011 contra 1.083 em 2012.

De acordo com o estudo, o número de mortes provocadas pela doença também caiu durante o mesmo período, passando de 374 em 2011 para 74 em 2012. Houve redução de 80%.

Ao todo, 286.011 casos de dengue foram notificados em todo o país entre janeiro e abril deste ano, o que representa uma queda de 44% em relação ao total registrado nos quatro primeiros meses de 2011 (507.798 casos).

O levantamento mostra que dez estados concentram 81,6% dos casos notificados em 2012 – Rio de Janeiro (80.160), Bahia (28.154) e Pernambuco (27.393) lideram o ranking. Já os municípios com o maior número de casos são Rio de Janeiro (64.675), Fortaleza (10.156) e Recife (6.343).

Considerando a incidência da dengue (proporção de caso para cada 100 mil habitantes), as três cidades com as maiores taxas no país são Palmas (2.494,7), Itabuna (1.445,3) e Rio de Janeiro (1.045,4).

O estudo mostra que todos os quatro tipos de dengue permanecem em circulação no país, sendo que, nos quatro primeiros meses deste ano, os tipos 1 e 4 foram os mais comuns, com 59,3% e 36,4% de um total de 2.098 amostras positivas.

A distribuição dos subtipos, entretanto, apresenta variações de acordo com a localidade. No Norte, houve predominância do tipo 4 (85,5%). Nas regiões Sul (83,8%) e na Nordeste (81,5%). Já no Centro-Oeste, a circulação desse tipo de vírus ficou em 53,3% e no Sudeste, 49,7%.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que o verão constitui o período em que ocorre mais transmissão de dengue no Brasil. Segundo ele, 95% dos casos da doença são registrados no primeiro semestre do ano.

“Foi anunciado, no ano passado, que uma das nossas prioridades era reduzir os casos graves e os óbitos. Uma série de medidas foi adotada”, disse, ao citar o repasse de R$ 92 milhões para 1.158 municípios como adicional de 20% aos recursos regulares. “A gente vê que isso tem impacto”, completou.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a estratégia de combate à dengue por meio do controle do mosquito é ultrapassada. Segundo ele, o novo enfoque da pasta está na integração de ações de cuidado à saúde, como redução do tempo de espera para diagnóstico e início do tratamento.

“Essa tendência [de queda dos números] não pode ser justificativa para retirarmos a frota de campo. Ela só reforça a necessidade de continuarmos com as ações”, ressaltou. Segundo Padilha, o Brasil vai manter os investimentos também na criação de uma vacina contra a dengue. Atualmente, três estudos estão em andamento no país.

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