Brasil

Mortalidade infantil cai, mas Brasil ainda perde de vizinhos

No ranking de mortalidade infantil do Unicef, Brasil ocupa 107º lugar, atrás de outros latino-americanos, mas com significativa redução ao longo dos anos


	Mortalidade infantil caiu de 129 para 16 mortes até os cinco anos a cada mil nascimentos
 (©AFP/Arquivo/Pedro Ladeira)

Mortalidade infantil caiu de 129 para 16 mortes até os cinco anos a cada mil nascimentos (©AFP/Arquivo/Pedro Ladeira)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2013 às 17h17.

São Paulo – O Brasil ocupa a 107ª posição no ranking de mortalidade infantil do Unicef, o fundo da Organização das Nações Unidas para a Infância, divulgado nesta quinta-feira. A lista enumera 195 países, daquele com a maior taxa de mortalidade (1º lugar) ao de menor taxa (195º). Segundo o relatório, a probabilidade de uma criança morrer no Brasil até os cinco anos de idade é de 16 a cada grupo de mil nascimentos.

A posição deixa o Brasil atrás de outros países da América Latina, como a Venezuela (15 mortes por mil nascimentos, em 115º lugar), Argentina (14 mortes por mil nascimentos, 122º lugar), Uruguai (10 mortes por mil nascimentos, 135º lugar), Chile (9 mortes por mil nascimentos, 141º lugar) e Cuba (6 mortes por mil nascimentos, 157º lugar). Também perdemos para outros gigantes emergentes, como China (15 mortes por mil habitantes, 115º lugar) e Rússia (12 mortes por mil habitantes, 128º lugar).

No entanto, o Brasil não está tão mal assim. A redução na mortalidade infantil foi de 87,6% desde 1970, passando de 129 mortes a cada mil nascimentos para 16 mortes a cada mil nascimentos. Isso corresponde a uma redução anual de 4,0% entre 1970 e 1990; 4,9% entre 1990 e 2000; e de 7,5% entre 2000 e 2011. Esses números estão em patamares semelhantes aos da China e são superiores aos números da Argentina, por exemplo.

De acordo com o relatório do Unicef, a redução da mortalidade infantil no Brasil foi de 73% desde 1990 e de 56% desde 2000. O país hoje está empatado com as Bahamas, as Ilhas Fiji, a Líbia, o México, a Moldávia, a Tunísia e a ilha de Santa Lúcia, no Caribe.

Os cinco países mais castigados pela mortalidade infantil são, nesta ordem: Serra Leoa (185 mortes por mil nascimentos), Somália (180 mortes por mil nascimentos), Mali (176 mortes por mil nascimentos), Chade (169 mortes por mil nascimentos) e República Democrática do Congo (168 mortes por mil nascimentos).

Já os países onde a probabilidade de morte antes dos cinco anos é menor são San Marino (duas mortes a cada mil nascimentos) e, empatados, Suécia, Eslovênia, Singapura, Portugal, Noruega, Luxemburgo, Japão, Islândia, Finlândia, Chipre e Andorra, todos com três mortes a cada mil nascimentos.

Confira a seguir a íntegra do relatório do Unicef, em inglês. O ranking de mortalidade infantil encontra-se na página 99 e os detalhes sobre cada país estão na tabela 10, página 136:

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilONUSaúde no BrasilTaxa de mortalidade

Mais de Brasil

Lira convoca reunião de líderes para debater composição da mesa diretora da Câmara em 2025

Tarifa de ônibus em SP deve ficar entre R$ 5 e R$ 5,20, informa SPTrans

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial