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Morre soldado do Exército ferido em operação em favelas do Rio

Com a morte do soldado nesta quarta, aumenta para três os números de militares mortos em seis meses de operação

Intervenção no Rio: o soldado foi ferido na perna durante uma operação nesta segunda-feira (Bruno Kelly/Reuters)

Intervenção no Rio: o soldado foi ferido na perna durante uma operação nesta segunda-feira (Bruno Kelly/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 14h30.

Rio de Janeiro - Um soldado do Exército que ficou ferido por disparo de arma de fogo na segunda-feira durante operação contra o tráfico de drogas em favelas do Rio de Janeiro morreu na tarde desta quarta-feira em decorrência do ferimento, informou o Comando Militar do Leste (CML), o que eleva para três o número de militares mortos na ação.

O soldado havia sofrido um ferimento na perna considerado inicialmente de média complexidade, o que levou os militares a dizerem na segunda-feira que ele não corria risco de morte.

O quadro clínico do soldado, no entanto, sofreu uma "evolução indesejável" que resultou em sua morte, de acordo com o CML, que é responsável por implementar a intervenção federal na área de segurança pública do Rio de Janeiro.

A confirmação da morte aumenta para três os números de militares mortos na operação nos Complexos do Alemão, da Penha e da Maré no contexto da intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio. As mortes foram as primeiras de militares das Forças Armadas desde o início da intervenção, há seis meses.

A operação, segundo os militares, também resultou nas mortes de cinco suspeitos e na prisão de mais de 70 pessoas, além da apreensão de armas, munições e drogas.

Há seis meses o presidente Michel Temer decretou uma intervenção federal na segurança pública do Rio devido à crise de violência no Estado.

Desde o início da intervenção, tanto o número de assassinatos como o número de pessoas mortas em confrontos com a polícia subiram, colocando em dúvida a eficiência da estratégia, criticada por depender de táticas militares, pela falta de transparência e por ter metas incertas.

Cerca de 64 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2017, e a violência tem se tornado uma questão-chave para as eleições presidenciais de outubro.

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