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Moro recebe homenagem de Doria e será defendido em atos no domingo

João Doria, governador de São Paulo, irá condecorar o ministro da Justiça com a medalha da Ordem do Ipiranga por seus serviços prestados ao estado

O prefeito de São Paulo, João Doria, se posicionou ao lado de Moro desde que o site The Intercept Brasil publicou mensagens trocadas entre o ex-juiz e procuradores da força tarefa da Lava-Jato (Adriano Machado/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2019 às 06h10.

Última atualização em 28 de junho de 2019 às 06h38.

Depois de ter sua ética como juiz questionada, o ministro da Justiça Sergio Moro recebe uma onda de apoio. O governador paulista João Doria (PSDB) entrega nesta sexta-feira, 28, a medalha da Ordem do Ipiranga, no grau Grã-Cruz, a maior honraria do estado, para o ex-juiz por seus méritos e contribuições. A cerimônia acontece no Palácio dos Bandeirantes, mas não haverá espaço para perguntas da imprensa.

Doria se posicionou ao lado de Moro desde que o site The Intercept Brasil publicou mensagens trocadas entre o ex-juiz e procuradores da força tarefa da Lava-Jato, enquanto ele ainda julgava casos da operação. Para o governador de São Paulo, questionar a conduta de moro é “aceitar a tentativa de fazer o Brasil retroceder”.

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Doria, atual líder do PSDB, quer se descolar da figura do presidente Jair Bolsonaro para viabilizar uma possível campanha presidencial em 2022. Quando questionado pela imprensa sobre o caso de Moro, Doria reiterou que a “Lava-Jato investigou, apurou e puniu o maior esquema de corrupção da história” e que sempre “teve, e continuará tendo” o seu apoio.

O final de semana será marcado por atos de apoio ao ministro em mais de 150 cidades. Desde o dia 9 de junho, quando as mensagens privadas foram publicadas, convocaram-se manifestações para o próximo domingo, 30, para apoiar publicamente Moro. Esta semana, com a análise da possível liberdade provisória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o chamado para o ato se intensificou.

Para os organizadores, a proposta do ministro Gilmar Mendes de soltar Lula provisoriamente, adiada em votação da Segunda Turma da corte, era uma tentativa de acabar com o combate à corrupção no país. Adelaide Oliveira, coordenadora nacional do VPR (Vem pra Rua), disse à Folha de S. Paulo que “o caso do Lula mexe demais com as pessoas, que ficam mais ativas, percebem o que está acontecendo e sentem a necessidade de se manifestar”.

Outras organizações puxam outras bandeiras para a manifestação, para além de Moro e da Lava-Jato. Alguns grupos defendem a reforma da Previdência de Paulo Guedes, ministro da Economia, e o pacote anticrime de Moro como um dos temas a serem defendidos.

Os defensores de Moro argumentam que a possível forma ilegal como o material publicado pelo The Intercept Brasil foi obtido invalida qualquer revelação apresentada. Para os líderes da manifestação de domingo e o governador João Doria, o aspecto heroico de Moro não foi abalado pelas revelações das mensagens.

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