Brasil

Moro condena Cerveró e Baiano em processo da Lava Jato

Julio Camargo, que acusa Eduardo Cunha de ter recebido 5 milhões de dólares em propina, também foi condenado no processo que investiga a compra de navios-sonda

Ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fala sobre a compra da refinaria de Pasadena em uma comissão da Câmara dos Deputados (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fala sobre a compra da refinaria de Pasadena em uma comissão da Câmara dos Deputados (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 13h10.

São Paulo – A Justiça Federal do Paraná condenou hoje o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares, acusado de operar propinas para o PMDB, e o empresário Julio Camargo, representante da Toyo Setal. 

As sentenças são referentes ao processo da Operação Lava Jato que investiga a contratação de navios-sonda pela Petrobras. 

Cerveró foi condenado a 12 anos, três meses e dez dias de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Julio Camargo, delator que acusou o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de receber 5 milhões de dólares em propina, foi condenado a 14 anos de prisão, mas teve a pena reduzida por ter colaborado com a investigação. Ele deve cumprir cinco anos em regime aberto.

A pena de Soares, conhecido como Fernando Baiano, foi de 16 anos, um mês e dez dias de prisão.

Na sentença, o juiz Sérgio Moro afirma que as provas colhidas no processo "indicam que [Fernando Soares] faz do crime de corrupção e de lavagem a sua profissão, visando seu próprio enriquecimento ilícito e de terceiros".

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