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Moraes revoga prisão, e Sara Winter deverá usar tornozeleira eletrônica

De acordo com a decisão, investigados no inquérito sobre atos antidemocráticos serão monitorados e não podem se comunicar entre si

Sara Winter, militante bolsonarista é presa (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de junho de 2020 às 17h34.

Última atualização em 24 de junho de 2020 às 18h10.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acolheu pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a soltura da extremista Sara Giromini e de outros quatro integrantes do movimento extremista "300 pelo Brasil", mas determinou que eles passem a usar tornozeleira eletrônica e fiquem proibidos de manter contato entre si.

Moraes determinou ainda que eles mantenham distância de, no mínimo, 1 quilômetro dos edifícios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, além de ficarem obrigados a permanecer apenas em suas residências e no local de trabalho, sem circular pelas ruas.

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A prisão da extremista e dos demais integrantes do grupo ocorreu no inquérito que apura a organização e realização de atos antidemocráticos, que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do STF.

Ao pedir a determinação de medidas cautelares, o vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros aponta que, "levando-se em consideração a gravidade e a reprovabilidade das condutas pretéritas atribuídas aos membros do grupo, importa resguardar, ainda que de forma não tão intensa, a garantia da ordem pública e a regularidade da instrução criminal, de modo a reduzir os riscos de 'atos de interferência ou prejudiciais à investigação' advindos das respectivas solturas."

Segundo as investigações da PGR, o movimento liderado por Sara Giromini "se diz contrário a uma intervenção militar e propõe uma intervenção popular. Anunciou a formação de um grande acampamento no Distrito Federal para treinar militantes dispostos a defender o governo Bolsonaro."

Além de Sara, são alvos das medidas cautelares Emerson Rui Barros dos Santos, Érica Vianna de Souza, Renan de Morais Souza e Arthur Castro, todos integrantes do grupo. Pela decisão de Alexandre de Moraes, eles não podem manter contato entre si nem com os outros investigados no inquérito dos atos antidemocráticos.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre de MoraesPrisõesSara WinterSupremo Tribunal Federal (STF)

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